Mais de 400 entidades protocolam pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro

22 de maio 2020
Com as assinaturas de mais de 400 entidades, entre partidos de oposição, Federações, Confederações, Sindicatos de trabalhadores, associações e organizações diversas, foi protocolado na quinta-feira (21/05), junto à Câmara dos Deputados, em Brasília, o pedido coletivo de impeachment do presidente Jair Messias Bolsonaro.
Segundo a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), que também subscreve o documento, esta é uma iniciativa diferente de outros pedidos de impeachment já realizados, porque tem um peso político e social, uma vez que reúne um amplo campo unitário de organizações do movimento popular, social e da juventude, além dos principais partidos de oposição no País.
O pedido é assinado pela Frente Povo Sem Medo, Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas, UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Condsef/CUT (Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz – ASFOC Sindicato Nacional, Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, Central de Movimentos Populares, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento das Mulheres Camponesas, Fasubra, Movimento Negro Unificado, Associação Brasileira de Travestis e Transexuais.
Também endossam o documento juristas como Celso Antonio Bandeira de Melo, Lênio Streck, Pedro Serrano, Carol Proner e os ex-ministros da Justiça Tarso Genro, José Eduardo Cardozo e Eugênio Aragão, bem como os partidos PT, PSOL, PCdoB, PCB e UP.
O pedido está baseado num conjunto de crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente da República, tais como apoio a manifestações reacionárias pedindo intervenção militar, as carretas da morte, declarações que põem em perigo a saúde da população, ameaças constantes às liberdades democráticas duramente conquistadas na luta contra a ditadura, interferência na Polícia Federal.
O documento traz ainda relatos sobre os discursos do presidente Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal, entre tantos outros feitos desde que tomou posse no cargo.
Para a FENAJ, as articulações dos partidos de oposição e movimentos sociais e populares, do campo e da cidade, em torno do impeachment de Bolsonaro têm como objetivo barrar a política genocida e golpista do governo federal. “Esta é a tarefa mais urgente da Classe Trabalhadora na atual conjuntura”, destaca nota divulgada pela entidade.
Caberá agora ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acatar ou não o pedido coletivo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: FENAJ