Assembleia em Londrina aprova adesão à Greve Geral do dia 30/06

22 de junho 2017
Bancários e bancárias presentes à Assembleia Geral realizada ontem (21/06) pelo Sindicato de Londrina, no Auditório Joaquim Borges Pinto, da Sede Administrativa, aprovaram a participação da categoria na Greve Geral convocada pelas Centrais Sindicais e os Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para o dia 30 de junho.
Gisa Bisotto, secretária Geral do Sindicato de Londrina, afirma que durante a Assembleia foram debatidas as reformas da Previdência e das leis trabalhistas, que estão tramitando no Congresso Nacional, e chegou-se ao consenso de que essas propostas, caso sejam aprovada, trarão muitos prejuízos à categoria bancária e ao conjunto da Classe Trabalhadora.
“A precarização dos direitos é uma forma que as empresas buscam para reduzir custos e ampliar lucros. Os bancos fazem isso toda hora e estão por trás dessas reformas para aproveitar as vantagens que a tal flexibilização trarão para contratar bancários e bancárias no sistema de contrato de trabalho intermitente, ou seja, trabalhar apenas nos dias de pico no atendimento, ou de forma temporária”, aponta Gisa, lembrando que isso acabará com o emprego formal e também enfraquecerá a organização da categoria.
Tramitação
O PLS (Projeto de Lei do Senado) 287/2016, que estabelece a reforma da Previdência Social, está com a tramitação parada na Câmara dos Deputados devido ao escândalo que envolve Michel Temer (PMDB) e o empresário Joesley Batista, da JBS.
Apesar disso, a matéria pode ser colocada em votação no Plenário, pois já foi aprovada na Comissão Especial formada para avaliar seu conteúdo.
Já o PLC (Projeto de Lei da Câmara) 38/2017, que é a reforma trabalhista, já foi aprovado pelos deputados e agora está em discussão nas Comissões do Senado. Esta semana o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi rejeitado por 10 votos contrários e nove favoráveis na CAS (Comissão de Assuntos Sociais).
Agora, o texto, na forma defendida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) está tramitando na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça). No dia 27 de junho, o PLC 38/2017 será debatido na CCJC e no dia seguinte deve ser votado. A pressão do governo é para que seja aprovado para ser submetido ao Plenário no início de julho.
“Para evitar que isso ocorra temos que somar todas as forças na Greve Geral do dia 30 de junho, demonstrando aos senadores que não aceitamos o massacre que pretendem fazer a mais de 100 artigos da CLT, jogando no lixo importantes direitos conquistados ao longo dos anos”, avalia Gisa Bisotto.
Por Armando Duarte Jr.