Diretoria usa eleitos para implantar voto de minerva no Conselho Deliberativo da Cassi

22 de junho 2018
Diretores eleitos, aliados ao Banco do Brasil, estão encaminhando ao Conselho Deliberativo da Cassi proposta de mudar a governança para implantar o voto de minerva a favor do banco e criar uma gerência com status de diretoria, que será na prática mais uma representação do patrocinador. Com isso, o banco passa a controlar as decisões do Conselho e da Diretoria e poderá aprovar tudo o que for de seu interesse, à revelia dos associados e associadas.
A proposta não foi aprovada na Diretoria da caixa de assistência e foi encaminhada ao Conselho Deliberativo atropelando todas as normas regimentais e estatutárias. Com um procedimento que não foi adotado nem pela ditadura militar, o banco pretende rasgar o estatuto da Cassi e destituir o Corpo Social de seu poder soberano de aprovar ou rejeitar alterações estatutárias.
Ao mesmo tempo, os indicados pelo banco querem aprovar a toque de caixa aumento na coparticipação em consultas e exames, entre quatro paredes e à revelia dos associados. Resta saber se os recém-eleitos para a Cassi vão colaborar com o banco para tirar mais dinheiro dos associados. Os prepostos que querem onerar os associados sempre foram gastões: as duas diretorias indicadas pelo banco têm nove gerências para cuidar de TI e assuntos internos, enquanto as duas diretorias eleitas têm cinco gerências para cuidar da atividade-fim, a saúde dos funcionários.
Fica cada vez mais explícito porque o BB foge da mesa de negociação. A Comissão de Empresa e as entidades representativas nunca aceitariam propostas desse tipo. Com essas iniciativas, o banco quer atropelar os associados e aplainar o caminho para reduzir as contribuições patronais, implantar cobrança por dependentes, excluir os futuros aposentados da Cassi e aumentar as contribuições.
Faraco colabora com o banco
O presidente do Conselho Deliberativo. Sérgio Faraco, eleito pelos associados, tem colaborado com o banco. Ele convocou reunião extraordinária de caráter informativo, esperou a saída de uma das conselheiras para colocar em votação assuntos de interesse do banco, como a constituição de grupo para elaborar a proposta que agora está sendo encaminhada ao Conselho. Com atitudes como esta Faraco vai facilitando a vida do banco.
Congelamento salarial e gastança na Cassi
Na quinta-feira (21/06), os funcionários e funcionárias da Cassi trabalharam de preto, em protesto contra a decisão da Presidência de congelar seus salários e benefícios, acabar com substituições e implantar a lateralidade.
Ao mesmo tempo, o banco quer criar uma nova gerência com status de diretoria, pelo menos mais oito cargos de gerentes executivos e gerentes de divisão. Impõem sacrifícios aos associados e aos funcionários que têm remuneração inferior ao mercado e criam altos cargos para gastar dinheiro com uns poucos.
Fonte: Contraf-CUT