O Banco do Brasil anunciou no último domingo (20/11), em comunicado à imprensa e ao mercado, um processo de reestruturação contendo uma série de medidas que irão reduzir o quadro de pessoal (através de plano de aposentadoria incentivada) e o número de agências, além de extinguir diversos cargos. 

“Os funcionários ficaram sabendo através de uma rede de televisão, no domingo, sobre esse processo de reestruturação. Começa aí a falta de respeito do banco para com seus funcionários”, ressalta Gisa Bisotto, secretária geral do Sindicato de Londrina e funcionária do BB.

A reestruturação visa atingir até 18 mil funcionários por meio de um plano de aposentadoria incentivada (PEAI). São elegíveis aqueles que estejam aposentados pelo INSS ou tenham condições de se aposentar em 31 de dezembro de 2016. Também aqueles com direito a se aposentar antecipadamente pelo plano de previdência complementar, até a data de 31 de dezembro deste ano, incluídos os oriundos de bancos incorporados. O programa pagará indenizações que variam de 12 a 15 salários.

As medidas anunciadas pelo Banco do Brasil reduzem a dotação de milhares agências no país, deixando os trabalhadores inseguros quanto ao seu futuro, além de precarizar as condições de trabalho das dependências, que realizarão o mesmo serviço com número reduzido de bancários.

Em Londrina será fechada a agência localizada na rua Pernambuco (antiga Nossa Caixa). Outras três serão transformadas em postos de atendimento (agências da avenida Maringá, avenida Inglaterra e rua Mato Grosso). Na base do Sindicato, outras três agências virarão postos de atendimento: Tamarana, Santa Cecília do Pavão e Lupionópolis. Ao todo serão 453 agências fechadas e 379 transformadas em PAAs.

“Muitos bancários e bancárias começaram essa semana perdendo suas comissões, com suas “carteiras” encerradas, enfim, totalmente indignados com essa postura do BB”, acrescenta Gisa.

“O momento será de muita luta em defesa dos empregos, de nossas condições de trabalho e da história do Banco do Brasil, que mais uma vez é atacado por um projeto político de desmonte dos bancos públicos”, finaliza a dirigente sindical.

Nesta terça-feira (22/11) acontece uma reunião entre o movimento sindical e o BB para discutir as medidas anunciadas. 

AC