Coletivo Nacional de Mulheres propõe nova campanha contra assédio sexual

23 de abril 2014
O Coletivo Nacional de Mulheres Bancárias realizou no dia 16/04, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, mais uma reunião. Na ocasião, foi discutida a importância de se reeditar uma campanha de combate e prevenção ao assédio sexual no trabalho.
"Cada vez mais ocorrem denúncias do uso da imagem e do corpo das bancárias para vender produtos, trazendo constrangimento e comprometendo a saúde das trabalhadoras", ressalta Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf- CUT.
Rosemari Zanin, diretora do Sindicato de Apucarana e integrante do Coletivo Nacional de Mulheres Bancárias, avalia que a luta contra o assédio sexual é importante para combater abusos praticados com frequência nos bancos. “Temos que acabar com a conduta de alguns gestores e até colegas de trabalho que ainda conservam uma visão machista a respeito de como a mulher deve se vestir ou até mesmo se portar diante dos clientes para vender mais produtos”, defende.
Na reunião também foi feito o debate sobre as expectativas com relação à organização e funcionamento do Coletivo, no que se refere a periodicidade das reuniões e a relação com a CGROS - Comissão de Gênero Raça e Orientação Sexual da Contraf-CUT.
"Não há sobreposição de representação. O Coletivo Nacional de Mulheres terá a missão de aprofundar temas, o que geralmente não seria possível dentro da CGROS porque abarca outras formas de discriminação, não somente de gênero. Todas as demandas no que se refere à negociação coletiva passará necessariamente pela CGROS, pois é a partir desse espaço que negociamos com a representação patronal", destaca Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT e coordenadora do Coletivo.
Formado durante o 3º Encontro Nacional das Mulheres Bancárias, realizado em novembro do ano passado no Instituto Cajamar (SP), este fórum tem por objetivo debater e formular políticas para as questões de gênero no Sistema Financeiro Nacional.
Conferências regionais
A próxima reunião ficou pré-agendada para acontecer próximo a data da 16ª Conferência Nacional dos Bancários. O Coletivo Nacional de Mulheres pretende pautar, a partir das conferências regionais, os principais temas ligados à questão de gênero para a Campanha Nacional 2014.
"Vamos nos empenhar para avançar na Convenção Coletiva de Trabalho, buscando uma cláusula para combater o assédio sexual. Outra grande demanda passa pela construção de um PCS (Plano de Cargos e Salários) democrático e transparente, que elimine o máximo possível o fator subjetividade nas promoções e oportunidades profissionais, para que as mulheres não sejam discriminadas", enfatiza Deise.
Fonte: Contraf-CUT