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Comissão de Empresa apresenta reivindicações na primeira rodada com o banco

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23 de agosto 2016

Teve início nesta terça-feira (23/08), em Brasília, a negociações entre a Comissão de Empresa dos Funcionários e o Banco do Brasil acerca dos temas da Minuta de Reivindicações específicas da Campanha Nacional 2016. 

Plano de carreira e aumento no piso

Os bancários do BB apontaram ao banco a necessidade de se rever o atual interstício do plano de carreira, aumento do piso de ingresso e melhoria no valor da carreira de mérito, ampliando para todos os cargos, incluindo os escriturários.

Pagamento das substituições

Outro ponto debatido foi o retorno das substituições de comissionados. Em vários locais de trabalho tem acontecido constantes desvios de função, quando um funcionário faz o trabalho de um cargo superior sem receber a devida remuneração. A Comissão de Empresa defendeu que a ampliação das substituições, além de diminuir o passivo trabalhista, contribui muito no processo de formação dos funcionários.

Jornada de 6 horas para todos

Os bancários cobraram do banco a revisão do Plano de Funções do BB com melhoria nos valores das comissões, a mudança de cargos prejudicados pela implantação do plano atual, como os gerentes de relacionamento e gerentes de serviço e, ainda a negociação da jornada de 6 horas para todos, inclusive unidades estratégicas.

BB digital e reestruturações

O modelo de agência e atendimento digital foi amplamente debatido, com preocupação sobre a manutenção dos cargos, salários e condições de trabalho dos funcionários envolvidos na migração do modelo atual para o digital, além das condições de trabalho e respeito às normas regulamentadoras do ministério do trabalho. Juntamente com essa discussão, foi abordada a preocupação com as diversas reestruturações dentro do BB, sem garantias para os funcionários.

Os representantes dos funcionários reivindicam a criação de uma verba de caráter pessoal específica para proteção salarial nas reestruturações, o VCP-R.

Saúde dos bancários

No tema saúde do trabalhador e trabalhadora, os funcionários cobraram do BB uma atenção aos casos de adoecimento dentro da empresa, com destaque para os casos de doenças mentais, com muitas ocorrências ultimamente. Os funcionários cobraram do banco a continuidade das mesas temáticas de saúde e resolução de conflitos.

Auxílio alimentação e refeição para licenciados

Entre os itens da minuta referente a pauta das mulheres, foi cobrado do banco a continuidade dos auxílios alimentação e refeição durante todo o período de licença maternidade e outras licenças.

Mais contratações

Os representantes dos bancários reivindicaram em mesa a contratação de 5 mil funcionários, para repor o número de funcionários que se desligaram da empresa no PAI.

Fim do ato de gestão

Os representantes sindicais defenderam o fim do ato de gestão na empresa, que permite descomissionamentos arbitrários.

Licença-paternidade de 20 dias

Foi reivindicada a aplicação da nova legislação que diz respeito à Licença-paternidade, ampliando para 20 dias esse direito.

Previ e Cassi para incorporados

Os bancários cobraram do BB o direito aos funcionários de bancos incorporados associarem-se à Cassi e Previ para os funcionários oriundos de bancos incorporados, além da possibilidade de aumento de contribuição desses trabalhadores para a previdência complementar com contrapartida patronal.

Utilização de folgas

Foi reivindicada melhoria na cláusula que regula a utilização de folgas adquiridas em dependências que funcionam em caráter ininterrupto, com aumento do tempo para utilização, que hoje é de duas semanas.

Critérios claros e objetivos de ascensão

Dando continuidade aos debates da mesa específica de ascensão, que aconteceu no primeiro semestre, os bancários cobraram a melhoria dos processos de ascensão interna, com mais objetividade e transparência nas seleções.

Proteção aos funcionários das carreiras técnicas em relação à ação do MPT

O MPT (Ministério Público do Trabalho) ingressou com ação para instituir concurso público para carreiras de nível superior no BB. A decisão da Justiça acatou argumento do MPT e ainda proferiu na decisão que os trabalhadores nas funções de advogados, engenheiros e analistas de TI deveriam ser descomissionados. Os representantes sindicais solicitaram reunião específica sobre o tema com o objetivo de atuação junto à Justiça para evitar os descomissionamentos.

Para Gisa Bisotto, secretária Geral do Sindicato de Londrina, o funcionalismo do BB precisa investir na unidade da Campanha Salarial não só para garantir avanços nas negociações gerais da categoria, mas também para somar forças necessárias para manter o papel do banco público e do seu papel de agente do desenvolvimento econômico e social do país.

“Estão em jogo não só os nosso direitos, mas também o futuro do Banco do Brasil, bem como o da Caixa Econômica Federal e outras importantes empresas estatais. É preciso lutar contra retrocessos que estão apontados em todos os sentidos na atual conjuntura”, alerta Gisa.

Próxima reunião

Após os debates desta primeira rodada, os bancários cobram do BB respostas concretas sobre as reivindicações. Uma nova negociação foi agendada para o dia 30 de agosto em São Paulo, onde serão debatidas outras reivindicações além das respostas sobre os temas abordados na primeira rodada de negociação.

Fonte: Sindicato de Brasília/Contraf-CUT