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Coletivo Nacional discute com a Fenaban medidas para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho

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23 de setembro 2017

A reunião entre os membros do Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e representantes da Fenaban, realizada ontem (22/09), em São Paulo, discutiu o Protocolo de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, previsto na cláusula 58 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria bancária.

Durante a reunião, a Contraf-CUT alertou sobre a importância do instrumento e dos canais disponíveis para o encaminhamento de denúncias. “Os Sindicatos signatários encaminham denúncias exclusivamente sobre assédio moral no ambiente de trabalho. Já pelos canais dos bancos, as denúncias são variadas e não conseguimos filtrar o que é assédio moral ou não”, afirmou o Secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Walcir Previtale.  

A Fenaban apresentou as medidas, de caráter educativo, para a cláusula de Prevenção de Conflitos, porém, de acordo com Magaly Fagundes, integrante do Coletivo, a mesa de debate deve, além de apurar as denúncias, focar na prevenção efetiva dos conflitos.

“O nosso objetivo é a prevenção. Se existe o crescimento dos dados de conflitos, a nossa preocupação educativa não pode ser em longo prazo”, explicou. 

Os estudos, realizados pela Contraf-CUT, ao longo do ano, apontam números crescentes de assédio moral contra os trabalhadores do setor financeiro. 

O dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de Campinas, Gustavo Frias, alertou sobre as situações constrangedoras que acontecem nas reuniões entre gestores e funcionários. “Recebemos áudios das reuniões e são muito preocupantes. Isso é muito recorrente. Vemos muitos casos ainda que não são denunciados.”

Para Wellington Trindade, dirigente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, é preciso manter os trabalhadores informados sobre o código de ética e conduta da empresa, além de dar respostas mais efetivas em relação a clausula para o bancário. “Queremos entender também qual é o critério que as empresas usam para considerar improcedente a denúncia. É preocupante quanto há um número tão alto de denúncias e ver que a maioria é improcedente. Precisamos avançar também na proteção do anonimato do denunciante.”

Segundo Ademir Vidolin, da Fetec-PR, é importante saber qual é a providência tomada pelo banco após receber a denúncia. “Precisamos evoluir com aplicação prática das soluções dadas para os casos.” 

A próxima reunião, marcada para 27 de novembro, vai dar continuidade à negociação. “Precisamos reafirmar a importância do processo negocial coletivo, que busque o aprimoramento do instrumento e que inclua novos mecanismos para a avaliação semestral prevista na CCT vigente”, finalizou Walcir Previtale.

Fonte: Contraf-CUT