Geral

Negociações sobre emprego e saúde são retomadas com o banco

Capa da Notícia

24 de maio 2019

Integrantes da COE (Comissão de Organização dos Empregados) participaram no dia 23 de maio, em São Paulo, de reunião de negociação permanente com o Itaú. Os dirigentes sindicais cobrar da direção do banco informação que ganhou o noticiário nas últimas semanas de que 400 agências seriam fechadas em todo o Brasil.

Representantes do banco garantiram que a informação não é verdadeira e manteve os dados passados no último encontro. Até a data da reunião, houve 86 fechamentos de agências no Brasil, que envolveram 501 funcionários. Desses, foram realocados 460 trabalhadores e 41 foram demitidos.

Em relação à garantia de emprego, o Itaú informou que 94% dos trabalhadores e trabalhadoras foram realocados e que não pretende demitir os funcionários. “Nós queremos garantia que esses trabalhadores não serão demitidos. Vamos acompanhar a realocação para que os trabalhadores não sejam prejudicados com o aumento da distância do seu deslocamento de casa para o trabalho”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

A reunião também marcou o retorno do Grupo de Trabalho de Saúde, que foi interrompido na época da Campanha Nacional 2018. O primeiro tema debatido foi a cláusula 29, que é a complementação do Auxílio Doença-previdenciário e do Auxílio-acidentário. Os representantes dos bancários reivindicam que os afastados possam pagar a dívida de forma parcelada.

O banco apresentou uma nova metodologia que já vem aplicando há algum tempo de retirar a dívida da complementação da conta do trabalhador em até três vezes, caso não tenha o valor todo disponível, para não deixar a conta negativada. “Nós achamos que isso é insuficiente. Esta fórmula não é um parcelamento é só uma medida para tentar não negativar a conta, porém, não funcionará para todos. Nós queremos a opção de parcelamento”, explica Adma Gomes, coordenadora do GT de Saúde. O assunto voltará à pauta na próxima reunião.

Saúde

O banco atendeu a reivindicação dos bancários e apresentou o programa de acompanhamento dos licenciados que é conduzido por assistentes sociais que fica dentro do Fique OK e o programa de avaliação clínica complementar, implementados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Nele, os trabalhadores com atestado de afastamento acima de 4 dias, se apresentam para agilizar o processo.

“Notamos que em alguns lugares que o banco implementou, o atendimento tem melhorado. Porém, o movimento sindical é contra o sistema de revalidação de atestados. Já que o médico que acompanha o trabalhador é o que de fato conhece o caso. Sabemos de casos em que o médico do banco diminuiu os dias de afastamento dados pelo médico inicial do caso. Isto não faz bem aos trabalhadores, pois eles são obrigados a voltar para o ambiente que o adoeceu antes da hora”, explicou Adma.

Em relação ao programa de readaptação do banco os bancários reivindicaram a volta das negociações para adequar o programa. “Nós queremos que as condições de trabalho também sejam alteradas no retorno, para que o trabalhador não sofra novamente com o mesmo problema”, disse a coordenadora do GT.

Foi cobrada do banco ainda a solução para os problemas na entrega dos documentos do afastamento. Foi debatida a possibilidade da implementação da entrega desses documentos na plataforma do IU Conecta para diminuir os problemas. Os representantes dos trabalhadores cobraram ainda a definição de calendário para as reuniões do GT. A ideia é fazer reuniões periódicas para avançar os temas em debate.

Fonte: Contraf-CUT