ANABB lança campanha em defesa do Banco do Brasil

24 de junho 2019
A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL) propõe desde o início do mandato a privatização das estatais com o discurso de fazer caixa para atingir o superávit primário das contas da União. A demissão do presidente do BNDES, Joaquim Levi, teve como um dos motivos a não criação de projetos/programas que viabilizem as privatizações, demonstrando que o governo federal exige celeridade para vender as empresas públicas.
No último dia 6 de junho, o STF (Supremo Tribunal Federal) deu sua contribuição para garantir essa rapidez na venda das estatais, se não por inteiro, mas fatiadas, liberando a venda das subsidiarias sem a necessidade de aval do Congresso Nacional e também sem processo licitatório.
O Banco do Brasil possui 16 subsidiárias, sendo as mais importantes a BBDTVM e a BB Seguridade. O resultado do ano de 2018 dessas subsidiárias correspondeu a aproximadamente 50% do lucro do banco no último ano.
O atual governo, na ótica do “Vamos tornar o Banco do Brasil mais magrinho”, coloca em risco a instituição mais solida e importante do País. Empresa que no último ano em sua distribuição de lucros aos acionistas pagou ao Tesouro Nacional R$ 2,7 bilhões, o BB é responsável por mais de 60% do financiamento do agronegócio nacional, contribuindo para a exportação de alimentos num dos setores mais dinâmicos do País, fortalecendo a agricultura familiar, base da economia de mais 90% dos municípios, com cerca de 20 mil habitantes. Este setor é responsável pela renda de 40% da população economicamente ativa e garante 70% dos empregos no campo, conforme apontam dados da Secretária de Agricultura Familiar.
Quaisquer tentativas de vender ativos estratégicos do Banco do Brasil vão enfraquecê-lo, dificultar a sua sustentabilidade e, consequentemente, desestabilizar setores da economia do País que dependem da atuação do banco público que hoje, apesar de seu encolhimento, conta com 4.713 agências e está presente em 99,3% dos municípios da nação, de acordo com o relatório de Análise de Desempenho do 1T19.
Diante deste cenário que pretende tirar a competitividade do banco e possivelmente comprometer a sua existência, a ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do BB) lançou a campanha “#nãomexanomeuBB”. A ação da ANABB vem somar forças para defender as empresas públicas que sempre tiveram papel de importância no atendimento da população brasileira e no desenvolvimento do País.