BB apresenta poucos avanços nas questões de saúde e segurança

24 de julho 2018
Integrantes da Comissão de Empresa dos Funcionários, representando o Comando Nacional dos Bancários, participaram na segunda-feira (23/07), em Brasília, da terceira rodada de negociação da Campanha 2018 com o Banco do Brasil..
Na ocasião foram discutias as cláusulas da pauta de reivindicações do ACT (Acordo Coletivo Aditivo) relacionadas a saúde e segurança bancária.
A Comissão de Empresa fez um relato dos problemas de afastamentos e adoecimento dos funcionários e funcionárias, que, em muitas das situações são decorrentes das cobranças pelo cumprimento de metas. Foi denunciado que muitas metas abusivas são estabelecidas fora do acordo de trabalho das equipes e com o controle e solicitação exclusiva do gestor, sem ligação com as metas das agências, no caso do BB, o sistema Conexão.
Os funcionários reclamam que as metas geralmente não precificam o mês de férias, o que faz com que até no período de gozo da folga o funcionário não descanse por aquele mês constar como queda de rendimento.
O banco ficou de avaliar essas situações com as áreas gestoras para entender melhor os problemas.
Cobrança de metas de caixas fora do horário
Os dirigentes sindicais relataram ainda que as entidades têm recebido muitas reclamações de caixas, cuja a cobrança de metas tem sido feita pelos chamados caixas líderes, em muitos casos, fora do horário de trabalho e descumprindo o ACT. Essas cobranças são incentivadas pelas PSOs (Plataformas de Suporte Operacional), mas os exageros não estão sendo coibidos. O banco solicitou que a Contraf-CUT informasse as situações pontuais para que a prática seja coibida.
Correspondentes bancários dentro das agências
Foram denunciadas também várias situações de correspondentes bancários dentro das agências atuando nas salas de auto atendimento e até nas mesas de trabalho. Há uma reivindicação na minuta para que essa prática seja proibida, uma vez que traz para o ambiente interno uma concorrência de venda de produtos e serviços que prejudica a realização das tarefas dos funcionários, além de trazer insegurança jurídica para a empresa.
Representantes do banco foram categóricos ao afirmar que o correspondente bancário não é para atuar dentro da agência e que será feita orientação para as unidades a cumprir o que determina a norma do Banco Central.
Sem avanços nas questões de saúde
Nas questões específicas de saúde, não houve avanços e o banco se comprometeu a renovar as cláusulas do ACT que tratam desse tema.
Outras cláusulas debatidas que não resultaram em avanços ainda serão objeto de discussão sobre redação.
Intervalo intrajornada ou intervalo de almoço
Uma novidade colocada pelo BB foi a proposta de flexibilização do intervalo de almoço. Ao funcionário de 6 horas passaria a possibilidade de intervalo de 15 até 30 minutos e para os funcionários de 8 horas, seria permitida a redução do intervalo para até 30 minutos. Em ambos os casos, normatizado no ponto eletrônico e sem opcional pelo funcionário, não sendo obrigatória a flexibilização.
Proposta para a Cassi
A Contraf-CUT protocolou junto ao banco uma nova proposta para a Cassi, construída junto aos Sindicatos, com o objetivo de mais uma vez chamar o banco à negociação na Mesa Específica da Cassi. Desde que a mesa foi interrompida, não houve nenhum avanço concreto de propostas e isso tem causado insegurança aos funcionários.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a mesa não trouxe avanços significativos, o que frustra o funcionalismo, principalmente no que se refere às questões de saúde, afastamentos e em relação às metas abusivas.
“A perda de comissão no retorno de Licença-saúde é um ponto que assombra muitos bancários e esperávamos um avanço maior. Esperamos que ainda no decorrer do processo de negociação, tenhamos respostas efetivas sobre saúde e segurança.”
Fonte: Contraf-CUT