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Greve garante 10% nos salários, PLR e piso e 14% para vales. Comando orienta a aceitação da proposta

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24 de outubro 2015

A Fenaban procurou o Comando Nacional dos Bancários, que estava em plantão neste sábado (24/10), em São Paulo, para apresentar uma proposta global de encerramento da Campanha Nacional 2015. Além dos reajustes de 10% para os salários, para a PLR e para o piso e o de 14% para os vales refeição e alimentação, já ofertados ontem (23), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas.

Assim, um dia após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016, bancários e bancárias compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados. Na proposta inicial, que levou os bancários à greve, os banqueiros se negavam até mesmo a repor a inflação do período e tentaram reconstruir um modelo ultrapassado de abono salarial.

“Conseguimos impedir o arrocho nos salários e conquistar pelo 12º ano consecutivo aumento real nos salários, além de um valor maior nos vales, o que representa remuneração indireta”, aponta Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.

Para Regiane, mais uma vez a categoria mostrou seu poder de mobilização, que ultrapassou a adesão e o número de postos de trabalho paralisados nas Campanhas dos anos anteriores, conseguindo com isso manter o poder de compra e barrar a ganância dos banqueiros.

Em razão desta conquista, o Comando Nacional orienta os sindicatos a realizar Assembleias na segunda-feira (26/10) e indica a aceitação da nova proposta, que garante aumento real de salário pelo décimo segundo ano consecutivo. Até lá, a greve continua.

Saúde – Os bancos apresentaram um termo de entendimento a ser assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo de reduzir as causas de adoecimento e afastamento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.

Bancos Públicos
 

A negociação com o Banco do Brasil a respeito das reivindicações específicas se inicia ainda neste sábado (24). A Caixa Econômica Federal ainda não tem retorno previsto.

A nova proposta da Fenaban

Reajuste: 10 %

Pisos: Reajuste de 10%

- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62

- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10

- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa)

- PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00

- PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58

- Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$2.021,79.  O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016

Auxílio-refeição: de R$ 26,00 para R$ 29,64 por dia

- Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52

- 13ª cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52

- Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 337,66 (para filhos até 83 meses)

- Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70

Fonte: Contraf-CUT