Sob o comando de Gilberto Occhi, este ano a Caixa Econômica Federal deixou os empregados na mão por não ter pago até agora a segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

O balanço de 2016, que deveria ser divulgado no início de março, até agora é um enigma. Segundo noticiou a Fenae, a expectativa é de que os números referentes ao exercício do ano passado sejam revelados até a terça-feira (28/03),

Com isso, a PLR deve ser creditada até o dia 31 de março, data limite para pagar este direito, conforme estabelece o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2016/2018.

Segundo a Fenae, vários empregados da Caixa entraram em contato com a entidade para reclamar do atraso na divulgação do balanço e, consequentemente, no pagamento da PLR. Tudo se agrava com os rumores de que o lucro ficará abaixo do projetado. Para a Fenae, que já cobrou a direção do banco, o atraso na divulgação dos dados é um desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras.

Até o terceiro trimestre do ano passado, o lucro líquido da Caixa estava acumulado em R$ 3,4 bilhões. As projeções do banco indicavam que o resultado seria de R$ 6,7 bilhões.

PLR na Caixa

Na Caixa, a PLR é composta pela regra básica Fenaban, prevista na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) 2016/2018 dos bancários, correspondente a 90% do salário mais R$ 2.183,53, limitado a R$ 11.713,59; parcela adicional, também presente na CCT, que representa 2,2% do lucro líquido do banco dividido pelo número total de empregados em partes iguais, até o limite individual de R$ 4.367,07; e a PLR Social, equivalente a 4% do lucro líquido, distribuídos linearmente para todos os trabalhadores.

A primeira parcela, correspondente a 60% do total a ser recebido, foi creditada no dia 20 de novembro do ano passado. Essa foi uma conquista encampada em 2011, que resultou na MP 597, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Fonte: Fenae