Categoria apresenta reinvindicações aos bancos para melhorar segurança

25 de março 2017
Dirigentes da Contraf-CUT se reuniram ontem (24/03), em São Paulo, pela primeira vez este ano, com representantes da Fenaban no âmbito da Comissão Bipartite de Segurança Bancária.
A categoria apresentou três importantes demandas. Uma delas é a manutenção dos vigilantes durante o contingenciamento do atendimento das agências alvos de explosões.
“A gente sabe que os bancos retiram os vigilantes durante o período em que a agência está explodida com a justificativa de que não há necessidade, pois não acontece atendimento nos caixas, mas os bancários ficam expostos”, explicou Gustavo Tabatinga Junior, secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Gustavo disse ainda que foi reivindicada a ampliação da proteção aos bancários, prevista na clausula 33-C da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que abre a possibilidade realocação para outra agência ou posto de atendimento bancário, apresentado pelo empregado que for vítima de sequestro consumado, para a modalidade extorsão mediante sequestro.
“O bancário quando recebe o pedido de resgate dos bandidos que estão sequestrando sua família já está sendo vítima do crime de extorsão mediante sequestro. Solicitamos a Fenaban ampliar a cobertura da proteção do nosso acordo para minimizar as consequências deste trauma”, completou.
Foi apresentada também a solicitação de um vigilante extra para fazer a detecção de metal com equipamento portátil nas agências cujas portas giratórias apresentarem problemas. “Diversos bancários denunciam que as agências ficam expostas quando as portas giratórias apresentam problemas. Durante um ou dois dias, a agência fica sem inspecionar se as pessoas que entram carregam algum tipo de metais ou armas”, ressaltou José Carlos Bragança, representante da Fetrafi-MG.
A Fenaban disse que irá consultar os bancos sobre as três solicitações e retornará na próxima reunião, marcada para 12 de maio.
Durante o encontro, a Fenaban apresentou as estatísticas de assaltos a bancos de 2016, levantada pelas entidades. Os bancários questionaram os números, que são divergentes dos da pesquisa de ataque a bancos do Dieese. O assunto também estará na pauta da próxima reunião.
Fonte: Contraf-CUT