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Cartilha orienta categoria sobre combate ao assédio sexual

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25 de junho 2014

Assédio Sexual é o tema de uma Cartilha elaborada pela Contraf-CUT a pedido dos Sindicatos de todo o país, seguindo deliberação tirada durante reunião do Coletivo Nacional de Mulheres Bancárias, realizada no mês de abril deste ano em São Paulo.

Este apelo, segundo informa Regiane Portieri, secretária de Saúde do Sindicato de Londrina e integrante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Londrina, foi feito pela verificação do aumento do número de casos de assédio sexual nos últimos anos.

Em Londrina, o Conselho registrou em 2010 um total de 25 casos. No ano seguinte, este número subiu para 64, ficou em 40 em 2013 e até fevereiro deste ano já foram notificados quatro casos.

“Atualmente, a mulher tem sido vítima de diversos ataques. O uso de sua imagem e corpo é utilizado constantemente na venda de produtos, não só na grande mídia, mas também nas redes sociais e até mesmo nos bancos”, aponta. De acordo com Regiane, o Sindicato de Londrina recebe constantemente reclamações de bancárias sobre gestores que falam para utilizar decotes e roupas mais justas no atendimento ao cliente.

“Temos que assumir essa luta, esse enfrentamento, que corre principalmente nos locais de trabalho, exigindo respeito e igualdade de tratamento e denunciar quem prática esse tipo de crime”, ressalta.

Ela conta que esse problema não é novo. Em 2001, a então CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários) lançou uma cartilha pelo mesmo motivo. “O material teve grande repercussão, inclusive na imprensa, e conseguimos conter a onda de casos de assédio moral naquela época, porém, decorridos pouco mais de 10 anos estamos convivendo novamente com isso”, salienta.

SAIBA COMO PROCEDER DIANTE DESSA VIOLÊNCIA

Bancária, se você for vítima de assédio sexual em seu local de trabalho, siga os seguintes procedimentos indicados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

A primeira dica é romper o silêncio, que é o motivo dos grandes males. Saia de uma posição submissa para uma atitude mais ativa:

• Dizer claramente não ao assediador

• Contar para os (as) colegas o que está acontecendo

• Reunir provas, como bilhetes, presentes e outras

• Arrolar colegas que possam ser testemunhas

• Relatar o fato ao setor de recursos

humanos

• Relatar o ocorrido ao Sindicato

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Profissional - 2.495/PR