Lucro no Brasil atinge R$ 5,88 bilhões no primeiro semestre

25 de julho 2018
O Santander Brasil obteve um lucro líquido de R$ 5,884 bilhões no primeiro semestre de 2018, valor que representa crescimento de 27,5% em relação ao mesmo período de 2017, com rentabilidade de 19,3%, alta de 3,4 pontos percentuais em 12 meses. O resultado deste trimestre foi 5,8% maior do que no anterior.
O lucro obtido nos seis primeiros meses do ano no Brasil representou 26% do lucro global que foi de € 3,752 bilhões (com crescimento de 4,0% em 12 meses). A análise do balanço foi feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos) com base nos dados divulgado nesta quarta-feira (25/07).
“O banco continua lucrando cada vez mais no Brasil. Com números expressivos como estes e a unidade brasileira continuando ser a mais lucrativa do grupo espanhol no mundo, o banco tem condições de atender todas as reivindicações de renovação do acordo específico do Santander e também a da Convenção Coletiva de Trabalho, que estão sendo discutidas na mesa de negociações com a Fenaban”, observa o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Mario Raia.
De acordo com o balanço, a receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 12,1% em 12 meses, totalizando R$ 8,4 bilhões. As despesas de pessoal mais PLR subiram 4,3%, atingindo R$ 4,6 bilhões. Com as receitas obtidas por meio de prestação de serviços e tarifas o banco consegue cobrir 183% das despesas com pessoal.
“A falta de reconhecimento da importância dos funcionários para a obtenção destes resultados é gritante. O crescimento das despesas que o banco tem com os trabalhadores representa um terço do crescimento obtido com as receitas de prestação de serviços e tarifas”, observou Mario, salientando que essas receitas são ínfimas perto daquelas que são obtidas com as outras transações financeiras.
Emprego
“O banco continua demitindo e gerando sobrecarga de trabalho aos seus funcionários. Um banco que lucra tanto quanto o Santander e tem no Brasil sua principal fonte de receitas do mundo não tem desculpa para continuar demitindo funcionários”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT.
A holding encerrou o 1º semestre de 2018 com 48.008 empregados no Brasil, com abertura de 1.412 postos de trabalho em relação a junho de 2017, entretanto esse resultado se deve à consolidação dos empregados da tecnologia do banco, antes terceirizados pelas empresas Isban e Produban. Em relação ao 1º trimestre de 2018, o saldo foi de 847 postos fechados. O número de agências cresceu em sete unidades em 12 meses.
Clique aqui para ver a análise do Dieese.
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Fonte: Contraf-CUT