Comando cobra ultratividade. Bancos jogam negociação para este sábado (25)

25 de agosto 2018
Após dois dias de negociações, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não trouxe nenhuma nova proposta ao Comando Nacional dos Bancários.
Na rodada de negociação realizada na quinta-feira (23/08), a Fenaban recuou e afirmou que não haveria mais retirada de direitos nem supressão de cláusulas da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). No entanto, na sexta-feira (24), apesar de o Comando estar desde o início do dia aguardando a negociação, os bancos só iniciaram a rodada por volta de 23h00, que se arrastou até a madrugada do sábado
A pausa de quinta para sexta foi solicitada pela Fenaban para fazer consultas às instituições financeiras que mantiveram o aumento real de 0,5% sobre salários, vales, auxílios, valores fixos da PLR, já rejeitada na rodada da quarta-feira (22).
Diante dessa situação que se arrasta, o movimento sindical cobrou a ultratividade (acordo que garante os direitos até o fim das negociações) e os bancos chamaram uma nova rodada para este sábado (25), para dar a resposta.
Em função disso, as mesas específicas do Banco do Brasil e da Caixa Federal só serão retomadas depois de finalizada a negociação com a Fenaban.
Assembleias na quarta (29)
Independente do resultado das discussões com os bancos, o Comando Nacional dos Bancários orientou os Sindicatos a realizarem Assembleias na quarta-feira (29/08), em todo o Brasil, para que a categoria definia os rumos da Campanha 2018.
“É absurdo o setor que mais lucra no Brasil, com todos os indicativos dos balanços em alta, querer pagar aumento real de 0,5%, muito abaixo da média de 0,94% de outros setores da economia bem menos lucrativos no primeiro semestre deste ano”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e uma das coordenadoras do Comando.
“Apostamos no processo de negociação, mas os bancos estão enrolando e devendo respostas mais claras sobre a garantia dos direitos e aumento real maior para salários e demais verbas”, criticou Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, também coordenadora do Comando.
Fonte: Contraf-CUT