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Sétimo dia de paralisação atinge 10.024 postos de trabalho bancário no país

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25 de setembro 2013

A greve nacional da categoria chegou hoje ao sétimo dia, ampliando e intensificando ainda mais as paralisações de agências, Centros Administrativos e Postos de Atendimento Bancário em todo o país. Segundo levantamento feito pela Contraf-CUT, nesta quarta-feira (25/09), foram fechadas 10.024 postos de trabalho nos 26 Estados e no Distrito Federal. Trabalhadores de setores estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call centers.

A greve foi deflagrada na última quinta-feira (19) e, como nos anos anteriores, vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145 unidades, subindo para 7.282 no segundo dia, 9015 no quinto dia e 9.665 unidades no sexto dia. Trata-se de um crescimento de 63,12% em relação ao primeiro dia de greve.

A (única) proposta da Fenaban de reajuste 6,1%, que repõe apenas a inflação do período, foi apresentada no dia 5 de setembro e foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas dia 12, em todo o país.

"Completamos uma semana de uma forte greve nacional, maior do que a do ano passado. Enquanto isso, os bancos estão há vinte dias calados, intransigentes, sem negociar com os bancários, desrespeitando a categoria e a sociedade. Vamos fortalecer ainda mais o movimento, ampliar ainda mais as paralisações, para forçar a reabertura das negociações visando conquistar uma proposta decente , com aumento real de salário, ampliação da PLR, valorização do piso, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

O Comando Nacional, que representa 95% dos bancários de todo o Brasil, vai se reunir amanhã (26/09), às 14h00, em São Paulo, para fazer uma avaliação da primeira semana de greve e definir formas de ampliar e fortalecer ainda mais o movimento.

Mais passeatas e manifestações

Além de paralisar as atividades, os bancários vêm intensificando a realização de passeatas e manifestações em todo o país. Ontem (24/09) ocorreram caminhadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Campo Grande. Hoje, estavam agendadas mobilizações em Brasília, João Pessoa, Fortaleza e Salvador, entre outras.

"Vamos aumentar os protestos nas ruas para dialogar com os clientes e a sociedade, mostrando que os bancos, cujos lucros atingiram 29 bilhões de reais no primeiro semestre deste ano, têm plenas condições que atender às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, reduzir as altas taxas de juros e tarifas cobrados dos clientes e garantir atendimento de qualidade à população ", conclui Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT