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X Conferência de Saúde da Cassi levanta propostas do Paraná

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25 de novembro 2017


Gisa Bisotto (atrás), participou da Conferência da Cassi como representante dos usuários da Região de Londrina

Foi realizada na quinta-feira (23/11), em Curitiba, a X Conferência de Saúde da Cassi Paraná, com a participação de centenas de pessoas, que levantaram as propostas de melhorias da caixa de assistência dos funcionários do Banco do Brasil.

Estiveram presentes o Superintendente de Varejo do Paraná, Marcelo Mendes Palhano, o Gerente UNV, Claudinei Luiz Dapper, a gerente da Gepes Paraná, Aparecida Rainha de Araújo, o gerente de Unidade da Cassi Paraná, Aldo Rossi, o coordenador do Conselho de Usuários Estadual, Antônio Roberto Andretta, e os diretores da Cassi Willian Mendes de Oliveira, Humberto Santos Almeida e Denis Corrêa.

Durante a Conferência foram repassadas informações sobre a Caixa de Assistência, seu modelo assistencial, os problemas e desafios do setor, a manutenção e ampliação dos direitos e o fortalecimento da solidariedade, da democracia e da participação dos associados nos destinos da Cassi.

O diretor de Saúde e Rede de Atendimento, eleito pelos participantes, William Mendes, apresentou o tema central da Conferência. Ele ressaltou a importância do Modelo de Atenção Integral à Saúde, adotado pela Cassi há mais de 20 anos, para garantir o cuidado geral e também especializado na promoção da saúde e prevenção de doenças, melhorando a qualidade de vida dos participantes assistidos e trazendo economia para a autogestão.

Na sequência o diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, também eleito pelos participantes, Humberto Almeida, apresentou informações sobre o mercado de saúde, judicialização, despesas administrativas e assistenciais e destacou os desafios da Caixa de Assistência na racionalização do uso dos recursos.

A terceira palestra foi conduzida pelo diretor de Administração e Finanças, indicado pelo Banco, Dênis Corrêa. Ele expôs os dados atuais da Instituição, números do resultado da Cassi em 2017 e ressaltou a importância dos associados conhecerem e participarem da gestão do Plano.

Do exposto pode-se verificar o gigantismo da Cassi, que atende mais de 700 mil vidas em todo o Brasil. Administrar tudo isso não é tarefa fácil, ainda mais com a limitação de recursos. A Cassi é eficiente, pois mesmo sendo a maior autogestão do País tem apenas 9% de despesas administrativas. O problema, quando se discute despesas, é efetivamente o quanto se gasta com a atividade fim da Cassi – o atendimento de saúde, que é deficitário. E o desafio é como fechar esta conta. Somente aporte de dinheiro sem controle do uso dos recursos não resolverá a sustentabilidade, que também é problema para todo o mercado de saúde.

“O fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família e expansão do número de assistidos é o caminho a ser seguido, modelo exitoso no mundo e já comprovado pela Cassi que traz grande economia para todos os associados, com melhores resultados em saúde”, avalia Gisa Bisotto, secretária Geral do Sindicato de Londrina, funcionária do BB e representante da Cassi Londrina no Conselho de Usuários do PR.

Segundo Gisa, um estudo feito pela Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi mostrou que a população assistida na ESF tem menos agravo de doenças, necessitam menos internações e geram menos despesas para o plano, quando comparados aos demais participantes da Cassi que não estão atendidos neste modelo e soltos.

O debate sobre custos de dependentes apresentou números que revelam que a quebra da solidariedade não resolverá a solvência da Cassi. Hoje o número de dependentes é em média 1,9 por funcionário. A curva de despesas mostra que a arrecadação para os dependentes até 24 anos é o dobro das despesas. Portanto um grupo assistido que acumula recursos muito além do que consome. E atingindo 24 anos este grupo deixa de estar no plano de associados e vai para o Cassi Família.

Já nas faixas etárias maiores a despesa cresce exponencialmente. A partir de 40 anos, a receita gerada não é mais suficiente para cobrir as despesas e para a faixa etária a partir de 80 anos a despesa é três vezes maior.

“Quando o banco resolve pautar a discussão de quebra da solidariedade ele não está interessado em que cada participante contribua mais 50 reais para cada filho. Sabendo que a isso a grande maioria dos funcionários não se opõe, mas o banco quer é dar o primeiro passo para atingir quem dá muita despesa, os idosos. Tanto é que há dois anos o BB tentou impor um fundo para a Cassi administrar e tirar da sua responsabilidade os “pós-laborais”. Graças aos diretores eleitos e às entidades de representação dos funcionários que têm trabalhado muito e resistido num modelo mais eficiente para a autogestão, o banco não impôs suas propostas indecorosas aos associados. Mas se a gente dormir, perde” , alerta Gisa.