Banco do Brasil lucra 14 bilhões em 2015 e reduz quadro de funcionários

26 de fevereiro 2016
No ano, 2437 trabalhadores perderam seus postos de trabalho
O Banco do Brasil divulgou, na quinta-feira (25), lucro líquido de R$ 14,400 bilhões, o que representou um crescimento de 28,0% em relação a 2014. A rentabilidade sobre o Patrimônio líquido anualizado (RPL) foi de 16,1%. O resultado de 2015 foi impactado pelas receitas da operação Cateno que gerou resultado de R$ 3,212 bilhões no Lucro Líquido no período.
Já o Lucro Líquido Ajustado, que exclui os efeitos de itens extraordinários, atingiu R$ 11,594 bilhões no ano, variação 2,2% superior ao observado em 2014.
A Carteira de Crédito Ampliada cresceu 6,9% em doze meses, atingindo um montante de R$ 814,8 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 7,5% em relação a dezembro de 2014, chegando a R$ 193,2 bilhões, o que representa 23,7% do total das operações de crédito. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 371,8 bilhões, com elevação de 5,0% no período, totalizando 45,6% do total do crédito. A carteira do agronegócio cresceu 6,1%, totalizando R$ 174,9 bilhões, representando 21,5% do total da carteira do banco e 60,9% de participação no mercado. A carteira de crédito imobiliário cresceu 26,6% em 12 meses, num total de R$ 49,1 bilhões.
O Índice de Inadimplência superior a 90 dias cresceu 0,35 p.p. em doze meses, ficando em 2,38% em dezembro de 2015. Apesar da baixa inadimplência e da carteira de crédito não ter crescido tanto, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 44,7%, totalizando R$ 25,8 bilhões.
O crescimento do resultado com Títulos e Valores Mobiliários foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e da inflação: o crescimento foi de 45,1%, totalizando R$ 61,2 bilhões.
Assim como os grandes bancos privados, houve impacto significativo dos impostos diferidos (ou créditos tributários) no resultado do banco. Os créditos tributários apresentaram um crescimento de 388,6% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 13,215 bilhões, em 2015.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 0,8% em doze meses, enquanto as despesas de pessoal subiram 15,6% (com PLR), com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 98,95% em 2015.
O banco encerrou o ano de 2015 com 109.191 empregados, com fechamento de 2.437 postos de trabalho em doze meses. Foram fechadas 95 agências no mesmo período.
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