Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e região revelou que o número de ataques a banco caiu 22% no primeiro semestre de 2016 em todo país, em comparação aos números verificados no mesmo período do ano passado.

No total, foram registradas 1.032 ocorrências, 283 a menos do que nos primeiros seis meses de 2015, que totalizou 1.315.

Minas Gerais teve 161 ataques e por isso liderou a pesquisa, seguido por São Paulo (137), Paraná (98), Rio Grande do Sul (96) e em quinto Pernambuco, com 96 ocorrências. 

Segundo João Soares, presidente da Contrasp (Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada), a redução do número de ataques se deve à retirada dos caixas eletrônicos do comércio, fazendo com que os bandidos migrassem para as agências bancarias.

“O comércio reduziu em quase 100% o número de caixas eletrônicos disponíveis, o que fez as quadrilhas investirem nas explosões em agências bancárias", explica.
De acordo com ele, devido a essa migração, bancos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil adotaram medidas para inibir ataques, como, por exemplo, a retirada de dinheiro dos caixas eletrônicos depois do expediente nas agências, o que dificultou ainda mais a ação dos bandidos.

“Com isso, quem sai prejudicada é a população, que além da retirada dos caixas, sofre com as agências fechadas em consequência das explosões. Só o Banco do Brasil noticiou que fechou 210 unidades", lamentou João.

A pesquisa também aponta um alvo novo das quadrilhas: as empresas de transporte de valores. No primeiro semestre, duas delas foram aos ares, uma em Salvador e outra em Santos. Já os carros-fortes foram atacados 27 vezes, fechando o balanço do primeiro semestre.

Fonte: Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e região