Por 251 votos a sei favor e 233 contrários, a Câmara dos Deputados recusou ontem (25/10) a autorização para que a denúncia de crimes de corrupção contra Michel Temer (PMDB) fosse encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Além de Temer, foram denunciados por crime comum pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Os três são acusados, juntamente com outros membros do esquema, de organização criminosa e obstrução de Justiça com o intuito de arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. Com essa decisão dos deputados eles só responderão por essas acusações quando deixarem seus cargos, no final de 2018.

Além do trio, Janot citou também os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da J&F.

A votação

Em tom de “circo de horrores”, a sessão da Câmara dos Deputados que livrou, pela segunda vez, Michel Temer de responder por crimes de corrupção, foi rápida e seus aliados alegaram votar a favor da blindagem para “não atrapalhar o desenvolvimento do País”, "deixa o homem trabalhar", para “dar continuidade ao ciclo de recuperação da economia brasileira” dentre outras pérolas.

A bancada de deputados federais do Paraná, mais uma vez, deixou a desejar, com 18 dos 30 parlamentares que representam o Estado votando a favor do arquivamento das denúncias.

Os dois deputados que têm sua base eleitoral na Região de Londrina, Alex Canziani (PTB) e Luiz Carlos Hauly, votaram com o relator para livrar a cara de Temer e seus ministros.

Veja como qual foi o posicionamento dos deputados do Paraná:
 

Fonte: Agência Câmara