Desmonte precariza condições de trabalho e a segurança dos funcionários

27 de março 2018
Depois de promover o enxugamento de postos de trabalho por meio de Planos de Demissão Incentivada e investir no atendimento digitalizado, o Banco do Brasil está adotando novas medidas que expulsam os clientes das agências.
Escriturários e caixas agora estão sendo obrigados a trabalhar nas salas de autoatendimento para realizar tarefas que antes eram feitas dentro das agências, sendo expostos à falta de segurança e ambiente inadequado, sem mesas ou mesmo equipamentos necessários para efetuar as operações.
Mais BB
Ao mesmo tempo, o BB está colocando pessoal de empresa terceirizada, que atua como correspondente bancário, do lado de fora das agências para oferecer empréstimos, consórcios e outros produtos aos clientes e usuários, numa estratégia utilizada há tempos pelos bancos privados para reduzir as despesas com a folha de pagamento.
Segundo Valdecir Cenali, diretor do Sindicato de Londrina, os trabalhadores e trabalhadoras que estão fazendo estes tipos de serviços ficam em pé o tempo todo, debaixo de sol e da chuva nas portas das agências, além de correr riscos com a falta de segurança.
“Não concordamos com essa precarização das condições de trabalho e vamos cobrar do banco a suspensão desse tipo de serviço que afeta a saúde e a integridade física dos funcionários, bem como dos terceirizados”, alerta.
Na avaliação do diretor do Sindicato de Londrina, ao ampliar a atuação dos correspondentes bancários o BB também compromete o sigilo das contas e operações feitas pelos clientes por meio deste canal, pois essas atividades não são feitas por pessoal treinado e nem mesmo seguem o regulamento interno do banco ao qual estão submetidos os funcionários de carreira.
Por Armando Duarte Jr.