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Reforma de Temer gera mais desemprego e aumento do trabalho autônomo

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28 de fevereiro 2019

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou esta semana os números do desemprego no País. A taxa, que estava em 11,7% no trimestre encerrado em outubro do ano passado, passou para 12% no trimestre encerrado em janeiro.

De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, o total de desempregados aumentou para 12,669 milhões (crescimento de 3,6%), 318 mil a mais em três meses. A única modalidade de ocupação que cresceu é a de autônomos, pessoas que trabalham por conta própria, jogando por terra o discurso feito por Michel Temer (MDB) de que a reforma trabalhista geraria mais empregos.

Segundo o IBGE, o número de ocupados (92,547 milhões) caiu 0,4% no trimestre (menos 354 mil) e cresceu 0,9% (mais 846 mil) em 12 meses. Mas, ao longo desse período, o que aumentou foi o emprego precário, aquele sem carteira assinada (320 mil) e, principalmente, o trabalho autônomo (719 mil), enquanto o emprego com carteira assinada perdeu 380 mil (-1,1%). No último trimestre, a modalidade por conta própria abriu 291 mil vagas.

A taxa da chamada subutilização da força de trabalho – pessoas que poderiam trabalhar mais tempo, mas não conseguiram – foi de 24,3%, patamar estável ante outubro (24,1%) e acima de janeiro do ano passado (23,9%). A população subutilizada somou 27,5 milhões, 671 mil a mais em 12 meses.

Já o desalento, que atinge 4,7 milhões de pessoas, ficou estável no trimestre e cresceu 6,7% em um ano. São 300 mil a mais nessa situação, de desistir de procurar trabalho por estar procurando emprego há muito tempo sem conseguir êxito.

Mais de 11 milhões trabalham sem carteira assinada

Os empregados com carteira assinada no setor privado são 32,916 milhões, estável nas duas comparações. E os sem carteira somam 11,307 milhões, caindo no trimestre e crescendo em um ano. Os trabalhadores por conta própria totalizam 23,901 milhões, crescendo 1,2% e 3,1%, respectivamente.

Entre os setores de atividade, na comparação com janeiro de 2018, a maioria mostra registra estabilidade, de acordo com o IBGE. O instituto detecta crescimento em modalidades ligadas a serviços (como transporte, armazenagem, hospedagem e alimentação), além da administração pública, saúde e seguridade (540 mil vagas criadas). A indústria perde 200 mil e o comércio/reparação de veículos, 104 mil.

Estimado em R$ 2.270,00, o rendimento médio cresceu 1,4% no trimestre e ficou estável em 12 meses. A massa de rendimentos, calculada em R$ 205 bilhões, também mostrou estabilidade.

Fonte: Rede Brasil Atual