Rodada de negociação realizada ontem (28/04), na sede da Contraf-CUT, entre a COE (Comissão de Organização dos Empregados) e o Itaú, foi marcada pela criação do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde, com o objetivo de discutir junto ao banco as condições de trabalho no banco. Foi definido entre as partes, que a composição do GT será definida nos próximos dias.

Na ocasião, o banco deu retorno sobre a última reunião, quando foi discutido emprego e agências digitais. Existem oito agências digitais, sete em São Paulo e uma no Rio de Janeiro.

Segundo Kelly Menegon, secretária de Saúde do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE Itaú, foram discutidos assuntos relacionados à saúde e condições de trabalho e a implementação da cláusula 57 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).

“A COE cobrou a implantação da CIPA nos locais de trabalho digitais. A respeito desta questão, os representantes do banco se comprometeram em conversar com o movimento sindical a forma como se dará a implementação”, explica Kelly, acrescentando que também foi solicitada a autorização para que os dirigentes sindicais possam visitar estas agências.

Outro tema abordado na reunião foi o Programa de Readaptação, sobre o qual o banco havia feito uma apresentação anterior, mas a COE levantou os problemas relatados pelas Federações.

“O principal problema está relacionado à gestão do Programa, que está a cargo do gestor, que fica encarregado de encaminhar atestados e outros documentos do bancário que retorna ao trabalho. Nós queremos que este processo seja feito por pessoas capacitadas do RH e não com o gestor, que tem outras obrigações a cumprir, pois isto diz respeito à saúde do bancário e da bancária que precisa se reabilitar”, defende.

Ainda sobre a implementação da cláusula 57, Kelly Menegon acredita que a formação do GT de Saúde pode representar um importante passo na discussão de medidas para melhorar as condições de trabalho no Itaú e conter a incidência das doenças psicológicas.

Por Armando Duarte Jr.
Fonte: Contraf-CUT