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Comando Nacional garante respeito aos direitos negociados na mesa de negociação

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28 de abril 2020

No dia em que as negociações em decorrência da pandemia do coronavírus (Covid-19) completam 50 dias em busca de preservar a vida dos bancários, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) voltaram a se reunir, por videoconferência.

O tema desta terça-feira (28/04) foi a garantia da manutenção da mesa de negociação permanente. Os representantes da categoria bancária cobraram o compromisso dos bancos de não aplicar o que está previsto nas MPs (Medidas Provisórias) 927 e 936 sem negociação prévia com o movimento sindical. Os bancos aceitaram que para qualquer modificação do que está sendo feito agora será convocada uma nova mesa de negociação.

Com isso, os trabalhadores que estão em casa e não fazem parte do sistema de rodizio, nem no teletrabalho, pois suas funções não permitem e ou estão no grupo de risco, só terão alterações neste cenário, depois de negociação. Do mesmo modo, medidas como férias e bancos de horas, também devem ser feitas mediante acordo entre as partes.

A Fenaban informou que a maioria das localidades já recebeu os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). As que não receberam foi por conta de problemas de logísticas que estão sendo solucionados.

Quanto à organização de filas, a Fenaban disse que a maioria das agências do Brasil não sofre com este problema e que os bancos estão estudando uma forma de atuação nas demais que sofrem com a aglomeração de pessoas nas suas portas.

O Comando Nacional dos Bancários descartou qualquer negociação neste momento sobre o retorno dos bancários ao trabalho físico. “Já está comprovado, por diversas experiências mundo afora, que não adianta nada voltar antes da curva de contágio começar a cair. Infelizmente, ainda estamos longe disso. O momento é de pensar na saúde e na vida dos bancários que precisam trabalhar para atender a população”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Os dirigentes sindicais também cobraram que sejam disponibilizados testes para os bancários e bancárias em caso de suspeita, seja reembolsando ou providenciando laboratórios e clínicas para realizar este serviço.

Manutenção dos direitos na CCT

O Comando Nacional dos Bancários também voltou a cobrar a ultratividade dos direitos garantidos na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria, que vence em ?31 de agosto de 2020. A ideia é que os direitos da categoria sejam mantidos até que haja a assinatura de uma nova CCT, dada a necessidade de suspensão das Conferências Regionais, Estaduais e a Nacional, além dos Congressos e Encontros específicos dos trabalhadores de cada banco, para evitar aglomerações e a propagação da Covid-19.

Por fim, Comando cobrou e Fenaban concordou que manterá as medidas negociadas e que não haverá retorno ao trabalho sem passar pela mesa de negociação.

Importante: se em seu local de trabalho houver qualquer instrução que desrespeite as medidas negociadas entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, denuncie ao seu Sindicato.

Fonte: Contraf-CUT