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Torre Santander é palco de ato contra demissões

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28 de maio 2014

Dirigentes de diversas regiões do país participaram ontem (27/05), em São Paulo, de concentração em frente à matriz do Santander, ressaltando a Jornada Nacional de Luta dos Funcionários após mais de duas semanas de mobilizações e protestos pelo fim das demissões, contra o fechamento de agências e por mais contratações.

Os diretores do Sindicato de Londrina, Dirceu Quinelato, Acácio dos Santos e Josué Rodrigues dos Santos participaram da manifestação na capital paulista. Também fizeram parte do protesto dirigentes da Afubesp (Associação dos Funcionários do Santander/Banespa).

As cópias de 25 mil cartas assinadas por clientes e usuários insatisfeitos de todo o Brasil pedindo a contratação de mais funcionários e a redução do valor das tarifas deram três voltas ao redor do imenso prédio que abriga a diretoria executiva e a presidência do Santander no país.

As milhares de cartas endereçado ao presidente do banco, Jesús Zabalza, foram entregues

Por uma comissão de dirigentes sindicais à diretora de Recursos Humanos, Vanessa Lobato, e reivindicam revisão da atual gestão do banco.  Vanessa se comprometeu a levar o pleito da reunião a Zabalza.

> Leia comunicado dos trabalhadores sobre as cartas

“Ao assumir o posto, no ano passado, o atual presidente declarou à imprensa que implantaria a mesma política adotada quando comandou o banco no México: redução de custos por meio das demissões, mas aqui não é o México. Respeite quem é responsável por 20% do lucro mundial do Santander”, afirmou a diretora do Sindicato de São Paulo, Rita Berlofa.


Para Dirceu Quinelato, que é integrante da COE Santander, o banco espanhol tem tratado os funcionários e os brasileiros com desrespeito, promovendo demissões em massa, sobrecarregando os que ficam com muito trabalho e precarizando o atendimento. “Tudo isso cria um clima de insatisfação do quadro e muitas reclamações dos clientes. Não é à toa que o Santander tem mantido a liderança absoluta em reclamações dirigidas ao bancos Central”, argumenta Dirceu.
 

Durante o Ato em São Paulo, foi destacada a discriminação que o banco impõe aos funcionários, pagando a eles uma PLR em torno de R$ 2.200,00, enquanto agracia os executivos com cerca de R$ 500 mil mensais. “Isso é pura humilhação e falta de respeito com aqueles que trabalham muito todos os dias para atingir as metas, cada vez mais altas”, avalia Acácio dos Santos.

 
Demissões

Também foram lembradas durante o protesto as demissões em massa promovidas pelo Santander no Brasil. A diretora do Sindicato de São Paulo, Rita Berlofa, ressaltou que o Santander não demite nas Américas e nem mesma na casa matriz, ao passo que ano Brasil, em 2013,  foram eliminados mais de 4.800 postos de trabalho e somente no primeiro trimestre deste ano foram mais 970 empregos a menos.

“Os trabalhadores aceitam o desafio de fazer deste banco o maior do país desde que a direção nos dê condições para isto, fazendo deste banco o melhor para se trabalhar. Neste sentido, é preciso parar imediatamente com as demissões, e contratar mais bancários para atender melhor o cliente”, afirmou a dirigente sindical.

Fonte: Contraf-CUT