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Contraf-CUT consegue criar GT da Terceirização com Fenacrefi

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28 de julho 2015

A segunda rodada de negociação entre dirigentes da Contraf-CUT e de entidades filiadas com a Fenacrefi (Federação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos), realizada nesta terça-feira (28/07), em São Paulo, apresentou avanços importantes. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram e conseguiram firmar um acordo com a Fenacrefi para criação do GT (Grupo de Trabalho) para discutir a Terceirização.

Mas não foi uma discussão fácil. A batalha travada no Congresso Nacional, para barrar o projeto de lei que precariza as relações de trabalho, também está presente nas mesas de negociações com o setor patronal. Assim como os bancos, a financeiras adotam o discurso do "que não é bem assim" para tentar minimizar os problemas gerados pela terceirização no setor financeiro.

A Contraf-CUT estima em mais de 500 mil os trabalhadores que prestam serviços para as financeiras, em todo o Brasil. Mas na base da Fenacrefi, há apenas 10 mil. Números que refletem a precariedade enfrentada pelos trabalhadores.

Durante a reunião, a Contraf-CUT usou exemplos concretos sobre a situação, citando situações em que a operação de financiamento para a compra de um carro através de um determinado banco acaba sendo quarteirizada para uma financeira. Neste caso, a funcionária que fez o financiamento geralmente nem mesmo sabe para quem trabalhava, além de ter uma jornada que vai das 8h00 da manhã até o fim da noite.

Foi deixado claro na reunião com a Fenacrefi que existe uma grande preocupação por parte dos trabalhadores, no mundo todo, com a automação, a terceirização e a reorganização do trabalho. Isto porque no Brasil, os trabalhadores do crédito estão no comércio, no setor de TI e também exercem funções de bancários. Mas como a maioria desses serviços é terceirizada, não têm direito a benefícios básicos, como vales alimentação, refeição e plano se saúde.

A questão dos correspondentes bancários também foi debatida na segunda rodada de negociação. Foi definido com os representantes das financeiras que a data da primeira reunião sobre a formação do GT da Terceirização será agendada nos próximos dias. As negociações da Campanha Nacional dos financiários serão retomadas no 13 de agosto, com a discussão sobre PLR.

Principais reivindicações da Campanha Nacional 2015

- Reajuste de 14,2%.
- PLR de R$ 6.337,02.
- Novo modelo de PLR.
- Abrangência do acordo para todo o País.
- Unificação da data-base com bancários (setembro).
- Fim das metas abusivas.
- Combate ao assédio moral.
- Combate à violência organizacional.
- Combate à terceirização.
- Incorporação dos promotores de crédito.
- Manutenção da Comissão Paritária de Controle das Condições de Saúde. 


Fonte: Contraf-CUT