Fenaban endurece na negociação para impor arrocho nos salários

28 de setembro 2016
Principais reivindicações da categoria
- Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real - PLR de 3 salários mais R$8.317,90 - Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último) - Vale alimentação no valor de R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo) - Vale refeição no valor de R$ 880,00 ao mês - 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês - Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários - Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas - PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários): para todos os bancários. |
A nona rodada de negociação entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários foi iniciada hoje (28/09), às 15h20, e, após mais de quatro horas de discussões, foi mantida a costumeira intransigência dos bancos.
O tal “novo modelo de acordo” anunciado pelos representantes da Fenaban está alinhado com a política do governo de Michel Temer (PMDB) e consiste em um reajuste de 7% nos salários para este ano, mais abono de R$ 3.500,00 – apenas R$ 200,00 a mais do que a proposta anterior, e a reposição da inflação em 2017 pelo INPC mais 0,5% e só.
“A categoria, que paralisou mais de 13.500 agências neste 23º dia de greve, está se manifestando nas Redes Sociais contrária a um acordo que não tenha aumento real nos salários e sem os avanços pretendidos nas outras cláusulas da Minuta de Reivindicações. O movimento sindical tem este mesmo entendimento e defende a continuidade da greve para mudar esse cenário”, afirma Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.
O Comando rejeitou essa proposta, por considera-la insuficiente, e está convocando Assembleias a serem realizadas na próxima segunda-feira (3/09), para que os bancários e bancárias definam os rumos do movimento.
Por Armando Duarte Jr.