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Temer avança na política de privatização com venda de usinas da Cemig

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28 de setembro 2017

Dando continuidade ao projeto antinacional de entrega das empresas estatais ao capital estrangeiro, o governo de Michel Temer (PMDB) realizou na quarta-feira (27/09), na Bolsa de Valores de São Paulo, o leilão de concessão de operação de quatro usinas da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).

As unidades de Jaguara e Miranda foram adquiridas pela Engie Brasil, de capital francês, a Volta Grande foi comprada pela italiana Enel, que recentemente também comprou a Celg. A usina São Simão foi adquirida pela empresa chinesa State Power.

Mais de 500 manifestantes participaram dos protestos contra a venda do patrimônio público em frente à sede da Cemig em Belo horizonte. Estavam presentes trabalhadores e trabalhadoras da companhia mineira, dirigentes do Sindieletro-MG, da CNU (Confederação Nacional dos Urbanitários), militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e de outras organizações sociais e populares.

Os manifestantes gritaram "Fora Temer" e acusaram  o presidente Michel Temer de querer vender o Brasil. Em panfleto distribuído durante o protesto foi denunciado que a venda das usinas vai repercutir em aumento na conta de luz, na demissão de trabalhadores da companhia e no avanço da terceirização, pois a estatal vai perder metade da capacidade de geração de energia.

Aumento na tarifa da energia

Em 2012, a presidente Dilma exigiu tarifas mais baixas para os novos controladores das usinas, por meio da renovação das concessões. Só que agora, o governo Temer vai na contramão e optou em adicionar um custo de mais de R$ 12,1 bilhões nas tarifas de geração dessas usinas com a cobrança de bônus de outorga - uma média de R$ 400 milhões de custo adicional por ano.

Esse valor será pago pelo consumidor na tarifa final de energia elétrica ao longo dos 30 anos de operação dessas concessões. Além de impor o aumento da tarifa para o consumidor, o governo abre mão da gestão de usinas estratégicas para o país transferindo o seu controle para empresas estrangeiras, da China, França e Itália, empresas essas que são controladas ou têm forte participação dos governos de seus respectivos países.

Fonte: Sindieletro-MG