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3° Encontro Nacional de Mulheres Bancárias debate a questão feminina no setor financeiro

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28 de novembro 2013


O Encontro realizado em São Paulo reuniu 98 representantes de todo o país

A Contraf-CUT promoveu nos dias 25, 26 e 27 de novembro no Cooperinca (Cooperativa dos Trabalhadores do Instituto Cajamar), em São Paulo, o 3° Encontro Nacional de Mulheres Bancárias, com a participação de 98 sindicalistas de todo o país. Os Sindicatos do VIDA BANCÁRIA foram representados no evento pelas diretoras Kelly Menegon, de Londrina, e Rosemari Zanin, de Apucarana.

Pesquisa realizada pelo Dieese e divulgada no Encontro revela que as mulheres ainda são sub-representadas no Sistema Financeiro em comparação à PEA (População Economicamente Ativa) do Brasil. Elas já são maioria nos bancos privados, principalmente nas faixas salariais até sete salários mínimos, são mais escolarizadas que os homens, mas ganham em média 23,9% a menos que os trabalhadores do sexo masculino. De acordo com o Dieese, essa diferença  cresce com a ascensão profissional e com o aumento da escolarização das mulheres bancárias.

Dos 512 mil trabalhadores do Sistema Financeiro Nacional em dezembro de 2012, as mulheres representavam 48,7%, índice menor que o da participação feminina na PEA, que no mesmo período era de 54,1%. Tomando o Sistema como um todo, as mulheres só são maioria em São Paulo (53%) e no Rio de Janeiro (51%). Embora a porta de entrada das mulheres nos bancos tenha sido nas instituições públicas, sendo primeiro o Banespa e depois o Branco do Brasil, na década de 1960, houve uma inversão nas últimas décadas e hoje elas são maioria nos bancos privados.

"Como o setor atualmente centraliza suas operações basicamente na venda de produtos, os bancos privados chegam a ‘explorar’ a imagem do corpo feminino para bater as metas no final do mês. O pior de tudo é ter que escutar do gerente para vir com ´aquela blusinha´ e `aquela sainha’ no dia seguinte", critica Kelly  Menegon, diretora do Sindicato de Londrina.