Dezenas de pessoas foram feridas pelo ataque da PM aos grevista nesta tarde em Curitiba

Por volta das 15h50 desta quarta-feira (29/04), a PM (Polícia Militar), seguindo ordens do governador Beto Richa (PSDB), reprimiu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, jogadas de helicópteros, os protestos dos servidores estaduais que estão em greve.

O ataque ocorreu em frente ao prédio da AL (Assembleia Legislativa), onde está sendo votado o projeto de lei 252/2015, de autoria de Richa, que transfere o pagamento de 33,5 mil aposentados com idade superior a 73 anos para a ParanaPrevidência, fundo de pensão que é custeado com as contribuições dos servidores da ativa.

Deputados de oposição na AL cobram do presidente da casa, Ademir Traiano (PSDB), a suspensão da sessão em virtude dos acontecimentos que estão ocorrendo do lado de fora. Traiano respondeu que “as bombas não estão caindo aqui dentro”, tratando com descaso o ataque que está sendo feito contra os grevistas.

O deputado tucano chegou a jogar culpa pela situação em “pessoas infiltradas” no movimento, desmerecendo a mobilização dos professores e demais servidores que querem impedir o confisco no Fundo Previdenciário.

Praça de guerra

Conforme divulgou a Gazeta do Povo, cerca de 30 pessoas feridas, que estão em frente ao prédio da AL, não podem ser levadas pelo SAMU a hospitais porque os PMs não param de atirar bombas.

Em um cenário de guerra, servidores das Secretarias Estaduais e da Prefeitura de Curitiba, não podem sair dos prédios situados no Centro Cívico. Segundo informações extraoficiais, mais de 100 pessoas, entre grevistas, PMs e jornalistas.

Devido à gravidade da situação, a Prefeitura de Curitiba está dispensando os servidores e evacuando o CMEI (Centro de Educação Infantil) localizado nas proximidades, para evitar que fiquem intoxicadas pelos gases.

Neste exato momento, às 16h30, a PM está atirando contra os servidores com balas de borracha.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado - 2.495/PR