Brasil passa de 400 mil vidas perdidas para a Covid-19

29 de abril 2021
O Brasil ultrapassou nesta quinta-feira (29/04) mais de 400 mil mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A marca foi alcançada 19 dias depois de o País alcançar 350 mil vítimas da pandemia e pouco mais de um ano após o primeiro óbito confirmado. Desde às 20 horas de ontem foram registradas mais 1.678 vidas perdidas, totalizando 400.021 mortes em decorrência do novo coronavírus.
O Brasil é segundo país do mundo com maior número de óbitos em decorrência da doença, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 500 mil mortes, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins.
De acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a pandemia parece estar desacelerando um pouco neste momento, mas ainda continua em patamares críticos e com números elevados de mortes. Até por isso, os pesquisadores recomendam manter o distanciamento físico e social para que a doença não volte a ter um ritmo acelerado de transmissão.
Com transmissão descontrolada do vírus, o Brasil viveu o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leitos e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos recorreram a restrições ao comércio e até ao lockdown para frear o vírus, mas muitos flexibilizaram as medidas antes da hora, com o número de casos e mortes ainda em alta.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro (ex-PSL) continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, alegando temer efeitos negativos na economia. Ignora que países que fizeram lockdown de até 40 dias, como a Nova Zelândia, não só controlaram a pandemia como reaqueceram a economia.
Esta semana, inclusive, foi instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) - CPI da Covid, para analisar os erros e omissões de Bolsonaro no combate à pandemia. Há pelo menos 23 motivos para responsabilizar o governo Bolsonaro pela atual situação.
A pandemia em números
Há 98 dias seguidos a média móvel de mortes está acima de mil no Brasil. O País completa 43 dias com média acima de 2 mil mortos por dia.
Em relação ao número de casos confirmados, desde o começo da pandemia 14.523.807 brasileiros já testaram positivo para o novo coronavírus. Deste total, 77.266 foram confirmados entre terça e quarta. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 57.384 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -15% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica o limite da tendência de estabilidade nos diagnósticos. Isso ocorre após 5 dias com tendência de queda.
Vacinação
O Ministério da Saúde começa a distribuir, a partir desta quinta-feira (29), um novo lote com 5,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 em todo o País. Ao todo, são 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz, e 104,8 mil doses da CoronaVac, do Instituto Butantan. Os dois imunizantes são produzidos no Brasil com matéria-prima importada.
Também nesta quinta-feira (29), chegará ao Brasil o primeiro lote com 1 milhão de doses da vacina da Pfizer. A remessa faz parte do acordo entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica fechado em março para a entrega de 100 milhões de doses de vacinas até o final do terceiro trimestre de 2021
No balanço da vacinação contra Covid-19 de quarta-feira (28) aponta que 30.740.811 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 14,52% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 14.621.694 pessoas (6,61% da população do País) em todos os estados e no Distrito Federal.
No total, 45.362.505 doses foram aplicadas em todo o País.
Fonte: CUT Nacional