A Contraf-CUT lamentou a indicação de Gilberto Occhi para presidir a Caixa Econômica Federal, conforme anunciou o Ministério da Fazenda provisório na última quarta-feira (25/05).

Para a Confederação da categoria bancária, é precipitada a declaração de Occhi, antes mesmo de ter seu nome aprovado pelo Conselho de Administração do banco, de que está em estudo o fechamento de agências.

“A principal meta dele será reverter o quadro de agências deficitárias, sem levar em conta a realidade dessas unidades e o que elas representam para as populações atendidas. É preciso fazer um estudo mais abrangente para tomar essa medida”, avalia Amaury Soares, diretor do Sindicato de Londrina.

Amaury afirma que além de precarizar o atendimento, o governo provisório tem como alvo a retirada de direitos dos empregados e empregadas, bem como a abertura do capital acionário da Caixa, que atualmente está totalmente sob o controle da União.

Para viabilizar essa estratégia, o banco também deve manter a política de redução de custos com pessoal, com novos Planos de Demissão e de incentivos à aposentadoria. A Caixa cortou o número de funcionários de 100,3 mil para 97 mil em 12 meses. No período, a despesa com pessoal cresceu 1,6%, bem abaixo da inflação, totalizando R$ 5 bilhões. A instituição está buscando ações para reduzir gastos e aumentar a produtividade.

“Temer já publicou a MP (Medida Provisória) 727, com a qual impôs regras para que seja retomada a privatização das empresas estatais e não resta dúvidas de que a Caixa está nesta lista, basta ver que com a indicação de Gilberto Occhi já surgiram comentários a respeito da venda das ações da Caixa Seguros”, observa o diretor do Sindicato de Londrina.

Fonte: Contraf-CUT