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COE apresenta denúncias ao banco sobre descumprimento de medidas contra a Covid-19

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29 de maio 2020

A COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Itaú apresentou à direção do banco algumas denúncias de descumprimento do acordo feito durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na reunião por videoconferência, realizada na quinta-feira (28/05), os dirigentes sindicais expuseram ainda algumas dúvidas dos trabalhadores que estão existindo durante este período.

O primeiro assunto foi relacionado ao Banco de Horas Negativa, que está com problemas de gestão. “O banco precisa ter uma postura mais rígida e ativa, com um comunicado oficial para toda a rede ressaltando a cobrança do Banco de Horas Negativo, que tem como objetivo preservar a saúde dos funcionários, em primeiro lugar. Pois percebemos que alguns gestores estão utilizando incorretamente”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

Na ocasião foi reivindicado do banco a realização dos testes da Covid-19 para todos os funcionários e funcionárias. Os representantes do Itaú disseram que no momento não é possível, mas que irão levar o tema para a mesa de negociação unificada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

O Itaú informou ainda que tem negociado com o Hospital Sírio Libanês, com quem tem acordo, mas não há testes suficientes para atender toda a demanda de mercado.

Quando questionado sobre o reembolso dos testes particulares, o Itaú disse que pagará nos casos com diagnóstico e pedido do médico.

Os representantes dos trabalhadores denunciaram que alguns gestores estão dificultando a entrega dos netebooks, o que impossibilita os funcionários afastados de trabalhar em home office, obrigando a manter em banco de horas.

Programa Agir

Outra questão levada ao banco é como fica, durante a pandemia, o programa AGIR, ligado à remuneração variável dos funcionários do Itaú. Assim como o Trilhas de Carreira, mecanismo de avaliação trimestral dos caixas. O banco informou que os funcionários têm garantido mil pontos, que são referentes ao mês de maio. O Itaú ficou de dar um retorno, com levantamento dos últimos meses, na próxima reunião sobre todas as avaliações do banco.

A COE Itaú também questionou sobre a alteração da forma de pagamento do Vale-transporte, já que muitos bancários e bancárias estão usando condução própria.

Saúde

Os representantes dos trabalhadores questionaram sobre a forma de higienização das agências. Alertaram ainda para o fato de que o INSS não está fazendo a perícia, por isso, o banco deve cumprir a cláusula 29ª do Acordo Coletivo, que trata sobre o complemento salarial.

O banco falou que a higienização das agências está sendo feita no prazo entre 48 e 72 horas. Depois de tomar multa por não deixar as pessoas entrar por não estarem com máscaras, o banco decidiu medir a temperatura corporal – ainda na organização das filas nas agências.

A COE Itaú denunciou que, apesar de o processo legal para as pessoas que se sentem aptas é pedir ao médico um relatório indicando a sua volta ao trabalho, há casos que o gestor solicita ao trabalhador que faça carta de próprio punho, o que é ilegal.

Outra denúncia é sobre os terceiros. Há casos em que que vigilantes de agências contaminadas transferidos para outra agência. O banco ficou de verificar e dar o retorno.

EPIs

Questionado sobre o fornecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), o Itaú garantiu que todos os locais têm recebido os mesmos. O banco se comprometeu a investigar onde não está acontecendo a distribuição e a não utilização por parte dos funcionários.

A próxima reunião entre a COE e representantes do Itaú está agendada para o dia 9 de junho. Além dos retornos pendentes, estarão em pauta a PCR (Participação Complementar nos Resultados), bolsas de estudos e renovação do acordo específico.

Fonte: Contraf-CUT