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Congresso Estadual define nova direção com paridade de gênero

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29 de junho 2015

O 13º Congresso Estadual da CUT Paraná (CECUT) será lembrado pela paridade na direção executiva e estadual da Central. A nova gestão foi eleita por aclamação pelos mais de 400 delegados que representavam mais de 600 mil trabalhadores em suas bases.

“Nós sempre falamos que a CUT deve fazer a sua lição de casa e assim tem sido desde a sua fundação. Não à toa a central é a vanguarda no movimento sindical e social no Brasil. A paridade, estabelecida como política interna, reforça o papel de igualdade que faz parte dos pilares CUTistas”, a firmou a presidenta reeleita da CUT Paraná, Regina Cruz.

 

 

A secretária da mulher da CUT Nacional, Rosane Silva, destacou este momento. “(A CUT luta para) superar a desigualdade no trabalho e a paridade vai começar a isso. A Central reconhece que as mulheres ocupem seus lugares na sociedade e no mercado de trabalho, portanto, que as mulheres estejam onde quiserem estar. Nós queremos estar na gestão da maior central sindical deste País e não é de graça que o Paraná reelege uma mulher para a presidência da central”, enfatizou.

 

A nova gestão, que comandará os rumos da central nos próximos quatro anos, é formada por 50% de homens e 50% de mulheres tanto na instância executiva quanto na estadual, que forma uma direção ampliada. Este cenário deve repetir-se ao longo dos próximos anos e também dos demais congressos estaduais até o congresso nacional da central.

A nova direção é composta por Regina Cruz (Presidência), Edilson José Gabriel (Vice-Presidência), Márcio Kieller (Secretário Geral), Neveraldo Oliboni (Secretaria de Finanças), Clair Simões Rodrigues (Secretaria do Meio-Ambiente), Aparecida Reis (Secretaria de Formação), José de Oliveira Lima (Relações do Trabalho), Daniel Mittelbach (Secretaria de Comunicação), Hermes Gonçalves (Secretaria de Políticas Sociais), Simone Barbosa (Organização e Política Sindical), Anacelie Azevedo (Secretaria da Mulher Trabalhadora), Denila Coelho (Secretaria da Juventude) Jeferson Gomes Palhão, (Política Racial) e Silvana Prestes de Araújo (Secretaria de Saúde)

Debates - Durante a plenária final também realizado o debate do texto base que será encaminhado com as contribuições do Paraná para o Congresso Nacional da CUT, que será realizado em São Paulo no mês de outubro. A conjuntura estadual também foi alvo de discussões para traçar os desafios e prioridades neste próximo período.

 

 

A luta contra o PL das terceirizações, o ajuste fiscal e outras medidas de austeridade, o fortalecimento de um projeto econômico que privilegie o emprego e o estado de bem-estar social foram destaques no debate nacional. Mas temas específicos também não foram esquecidos, como a defesa da Petrobrás, do Pré-Sal e do emprego, como no caso específico dos bancários do HSBC que passam por momentos de incerteza frente as negociações de venda da instituição financeira.

 

No caso do Paraná, o enfrentamento ao governo neoliberal de Beto Richa com suas políticas de arrocho aos trabalhadores dominaram o debate da plenária final. Os casos de corrupção na receita estadual também foram enfatizados.

Moções - No encerramento da plenária foram apresentadas moções. Destaque para as de apoio aos 21 mil trabalhadores do banco HSBC e ao cumprimento da legislação de trabalho para os jornalistas que atuam em entidades sindicais.

Nas moções de repúdio chamara a atenção o não funcionamento das unidades móveis de atendimento à mulher vítima de violência no Paraná. As unidades foram enviadas pelo Governo Federal à gestão estadual que as mantém paradas. O prefeito de Almirante Tamandaré, Aldnei Siqueira (PSD), também recebeu uma moção de repúdio pelo não pagamento da data-base dos servidores públicos municipais e pela forma como dificulta as negociações com o sindicato.  

Fonte: CUT Paraná

LM