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Oportunidade para organização e construção da luta da categoria

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29 de julho 2017

A 19ª Conferência Nacional dos Bancários é uma oportunidade inédita para a organização das lutas da categoria. "Temos a oportunidade de construir juntos uma campanha sem a necessidade de discutirmos o índice graças ao acordo de dois anos que fizemos no ano passado", disse Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários. "O ataque que estão fazendo contra os Sindicatos e os trabalhadores é uma oportunidade para construirmos um movimento sindical mais forte, desatrelado do governo. O Comando Nacional teve a sabedoria de orientar as Federações e Sindicatos que o que está em jogo é a defesa do emprego e dos direitos. Vamos construir nessa conferência um plano de enfrentamento, com unidade nacional de bancários de todo o país e de todas as forças que atuam na categoria. Uma campanha de luta classista", ressaltou von der Osten, lembrando que muitos dos sindicatos dos bancários têm mais de 80% de sindicalização.

> Veja vídeo da abertura da Conferência

Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, lembrou que esta é a primeira Conferência Nacional dos Bancários após o acordo de dois anos. Mas, também acontece num momento trágico da política brasileira. “O golpe significou o fim da democracia, ao tirar uma presidenta eleita e colocar um golpista no lugar. A partir daí, começaram a roubar nossos direitos com o conjunto de reformas. Nesta conferência vamos ter de pensar como reverter este cenário. Temos de sair daqui com um plano de lutas para defender nossos direitos. São 25 anos de luta de uma categoria que sabe representar seus trabalhadores, por mais amplo que sejam as suas diferenças. Fomos a primeira categoria a se organizar nacionalmente e a conquistar um acordo de dois anos. Agora, seremos a primeira categoria a se organizar para superar todo esta conjuntura adversa", disse Ivone.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, apontou que uma parcela da categoria defendeu o golpe. "Foram para a rua bater panelas. Acreditaram que a entrada do golpista traria benefícios para a Classe Trabalhadora. Não perceberam que o golpe era contra os trabalhadores, não contra Dilma e o PT. Agora eles estão vendo isso. Temos a oportunidade de organizar a luta e o crescimento da militância. O momento propicia o crescimento do movimento sindical. Nosso discurso está tendo ressonância entre os trabalhadores", observou o presidente da CUT.

O secretário-geral da UNI Américas, Marcio Monzane, garantiu o compromisso da entidade ao lado dos bancários brasileiros neste momento difícil. “Não é exclusividade do Brasil, já aconteceu em outros lugares e em alguns continua a acontecer. Meu compromisso vai no sentido de firmar uma ponte com os países que já passaram por isso e sobreviveram, para aprendermos com essas experiências e construirmos uma luta mais forte.”

O secretário geral da CNTV (Confederação Nacional de Vigilantes e Prestadores de Serviços), Cláudio José de OIiveira, disse que os trabalhadores já estão se organizando contra as consequências dos ataques contra os direitos dos trabalhadores. "Nossa categoria está em todo o Brasil fazendo plenárias para mostrar para nosso segmento o que vai acontecer a partir de novembro, devido à aprovação da reforma trabalhista. Neste momento de destruição da CLT, precisamos nos unir e nos fortalecer. Temos que nos unir para garantir nossos direitos, como diz o tema desta Conferência", disse o representante da CNTV.

Durante a abertura da Conferência, os delegados e delegadas prestaram homenagem em vídeo a Augusto Campos, Sebastião Cardoso (Tião), Jorge Costa Ferreira (Jorginho) e Rebecca Costa Serra Valle, que falecerem recentemente, lembrando que eles sempre estarão presentes na luta.

Fonte: Contraf-CUT