COE discute com o Santander banco de horas negativo, aditivo individual e testes de Covid-19

29 de julho 2020
A COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Santander se reuniu com os representantes do banco na terça-feira (28/07) para discutir o banco de horas negativas, o aditivo sobre compartilhamento de dados pessoais dos funcionários e mudanças nos procedimentos de testagem para Covid-19.
“Fizemos algumas reivindicações. O banco vai analisar e voltaremos a debater na próxima reunião, agendada para a sexta-feira (31/07)”, informou a coordenadora da COE, Maria Rosani.
Banco de horas negativas
O banco apresentou na manhã de terça uma proposta sobre banco de horas. Momentos antes da reunião com o banco a representação dos trabalhadores analisou a proposta e solicitou alterações que sejam mais benéficas para os funcionários. O banco ficou de analisar as solicitações e responder na próxima reunião.
Compartilhamento de dados dos funcionários
A COE também questionou sobre uma proposta de aditivo ao contrato de trabalho que o banco está fazendo diretamente aos trabalhadores. Assinando o aditivo os funcionários autorizam o Santander a compartilhar dados pessoais com terceiros.
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e os Sindicatos orientam os trabalhadores a não assinarem tal aditivo até que as negociações sobre o assunto sejam concluídas. “O banco precisa informar qual a finalidade do compartilhamento das informações pessoais de seus funcionários com terceiros. Da forma como foi feito, o documento contraria o que determina a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP)”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Mario Raia. O tema também voltará a ser debatido na sexta-feira.
Protocolos da Covid-19
O Santander promoveu uma nova alteração nos protocolos para testagem e retorno ao trabalho de funcionários com suspeita de Covid-19, ou que tiveram contato com eles.
O banco realizou parceria com algumas redes de farmácias e fará o teste rápido (eco teste) nos funcionários com suspeita de infecção pelo novo coronavírus e naqueles tiveram contato com eles. Caso seja confirmada a contaminação pelo novo coronavírus, o funcionário será afastado e todos serão monitorados por 14 dias para verificar se há o surgimento de sintomas de Covid-19. O funcionário que testar positivo fará uma retestagem pelo método de biologia molecular (teste RT-PCR) para confirmar, ou não, o resultado.
Mais do que o tipo de teste realizado, a preocupação da COE é com a possibilidade de os trabalhadores que tiverem resultado negativo pela testagem rápida retornarem ao trabalho e contaminar seus colegas, uma vez que este tipo de teste tem grande probabilidade (cerca de 30%) de dar resultado errado (falso negativo, ou falso positivo).
O banco se comprometeu que, independente do teste, fará o acompanhamento das pessoas por 14 dias para verificar se há o surgimento de sintomas da doença. E pediu para se aguarde um mês para que haja uma possibilidade de analisar os resultados deste novo protocolo de procedimentos. O banco disse que manterá canal permanente de debate sobre esse tema e poderá rever os procedimentos caso, em conversações com os trabalhadores, se verifique algum equívoco nos mesmos.
Novos assuntos
Além dos pontos que já estavam na pauta de negociações, o banco disse que quer tratar nas próximas reuniões sobre o teletrabalho e a Participação dos Lucros e Resultados.
Todos os temas voltam a ser debatidos na próxima reunião, agendada para a manhã de sexta-feira (31).
Fonte: Contraf-CUT