Congresso da CUT reforça luta contra o golpe

29 de agosto 2017
Foi aberta ontem (28/08), em São Paulo, a “15ª Plenária da CUT/Congresso Extraordinário e Exclusivo: 100 anos depois...A luta continua! Nenhum Direito a Menos".
O evento começou no dia em que a CUT completou 34 anos e se consolida como a maior Central Sindical da América do Sul, a quinta maior do mundo, com 3.806 entidades filiadas, 7.847.077 trabalhadoras e trabalhadores associados e 23.981.044 trabalhadoras e trabalhadores na base.
O Congresso lembra o centenário da primeira greve geral no Brasil e os 100 anos da Revolução Russa, com uma exposição sobre a greve geral de 1917 organizada pelo Centro de Documentação e Memória Sindical (Cedoc/CUT) e pela Secretaria de Cultura da CUT, em parceria com o Arquivo Edgard Leuenroth, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Na abertura dos trabalhos, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas divulgou um vídeo de saudação à luta dos trabalhadores e trabalhadoras que ajudaram a construir a trajetória de lutas da entidade.
Também foram feitas análises qualificadas sobre a conjuntura internacional pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, João Felício (presidente da Confederação Sindical Internacional) e o jornalista Luís Nassif. Em seguida, o debate prosseguiu com Fausto Durante, da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL); Hugo Yasky, da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA); e Victor Baez, secretário-geral da Confederação Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras das Américas (CSA).
A conjuntura nacional é tema de um debate à tarde que vai reunir Guilherme Boulos (MTST), João Pedro Stédile (MST), Gleisi Hoffmann (PT) e Vagner Freitas (CUT).
“Outro mundo é possível”
A abertura oficial ocorreu na noite de segunda-feira e o evento prossegue até o dia 31/08, com a presença de 100 convidados internacionais e mais de 720 delegados e delegadas de todo País, além de representantes de movimentos sociais do campo e da cidade, da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.
O presidente da CUT discursou exaltando os 34 anos de luta da Central e apontou a necessidade de se construir resistência contra o golpe que está ocorrendo no País.
“Esse Congresso é para que vocês saiam daqui energizados para a luta diária nas ruas. A imprensa e as elites já noticiaram que tudo está perdido, mas nós achamos que um outro mundo é possível. Esse Congresso vai levantar a moral da nossa tropa”, afirmou Vagner Freitas.
É uma Plenária Estatutária que se transformou em um Congresso Extraordinário devido à gravidade do momento em que Brasil passa e relembra no nome da atividade, os 100 anos da primeira Greve Geral do país e a luta continua. “Muita coisa mudou desde o 12º Congresso da CUT, que aconteceu em 2015. A presidenta Dilma Rousseff estava no começo de sua segunda gestão em que o cenário era outro. Agora temos um presidente não eleito para executar um projeto derrotado nas últimas três eleições e que tira direito do povo todos os dias”, enfatiza a secretária-geral adjunta da CUT, Maria Faria.
“Precisamos atualizar coletivamente a nossa análise de conjuntura, as estratégias e o plano de lutas construindo a unidade com os movimentos sociais para enfrentarmos e lutarmos contra os retrocessos para a Classe Trabalhadora, em defesa da democracia e por um País mais justo”, completou Maria.
O Congresso extraordinário da CUT já teve etapas preparatórias em todas as regiões do país, indicando sugestões e proposições de trabalhadores e de trabalhadoras para contribuir com as resoluções da Nacional para o próximo período.
Clique aqui para ver a Programação do Congresso da CUT.
Fonte: CUT