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Nova proposta preserva característica do Plano de Saúde

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29 de agosto 2020

A Caixa Econômica Federal apresentou na noite de sexta-feira (28/09), após diversos dias de negociações, uma nova proposta para a manutenção do plano de saúde. O trabalho de construção da CEE (Comissão Executiva dos Empregados) com a direção do banco permitiu a esta, que é a nona proposta, a manutenção do modelo 70/30, do pacto intergeracional, mutualismo e da solidariedade do plano. Outra reivindicação da Comissão, acatada pela Caixa, foi a inclusão de todos os novos empregados no Plano. A decisão da CEE é de defender a proposta nas Assembleias de avaliação.

Os Sindicatos filiados à FETEC (Federação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito do Paraná), realizam  uma avaliação das propostas dos bancos na Assembleia Geral PermanenteNa Assembleia virtual, que será retomada às 19h00 deste sábado (29) no Facebook da FETEC-CUT/PR, com retransmissão pelas páginas dos Sindicatos do Vida Bancária.

A votação das propostas será feita pelo link https://bancarios.votabem.com.br/, que estará disponibilizado das 19h00 deste sábado (29/08), até às 19h00 de segunda-feira (31/08).

Segundo a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Fabiana Uehara Proscholdt, o foco da Comissão foi de garantir as premissas atuais e manter o plano viável para todos. “O Plano de Saúde é essencial para @s empregad@s e nesse momento em que estamos, de pandemia, mais ainda. O Saúde Caixa deve ser viável para tod@s, desde aqueles que ganham menos até @s aposentad@s”, afirmou.

A nona proposta para o Saúde Caixa conta com uma contribuição do titular de 3,5% do salário e 0,4% por dependente, com teto de 4,3%. A coparticipação passa a ser 30% de cada dependente e o teto por grupo familiar de R$ 3.600. Além disso, não há mais a coparticipação para internação e tratamento oncológico e o atendimento em pronto socorro, coparticipação de R$ 75.

“A manutenção do teto para o grupo familiar foi muito importante. É uma construção fundamental para manter o nosso Plano de Saúde para todos os empregados. Foi um grande avanço considerando que a Caixa queria individualizar isso”, avaliou a representante Fetrafi/MG na CEE, Eliana Brasil.

O modelo inclui ainda a valorização do gt (Grupo de Trabalho) do Plano, responsável por definir soluções para a sua sustentabilidade, com participação dos empregados. Em 2022, será implementado o que for definido em consenso entre @s empregad@s e a Caixa.

De acordo com o médico consultor da CEE/ Caixa e da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), Albucacis de Castro Pereira, a negociação foi difícil, mas a CEE/Caixa conseguiu manter o Plano diante da dificuldade que passa o Brasil e o mundo em relação aos custos de saúde que não acompanham o aumento do salário do trabalhador. “Apesar da dificuldade manteve-se a característica do Plano de mutualidade, solidariedade, pacto intergeracional e o 70/30. Foi uma vitória da Comissão que conseguiu o Saúde Caixa para tod@s @s empregad@s”, avaliou.

O médico consultor ainda salientou a importância da oxigenação do plano, com a entrada d@s nov@s empregad@s.

PLR e PLR Social

A CEE voltou a cobrar a Caixa as propostas das outras reivindicações dos trabalhadores e que o banco ainda não apresentou retorno. Além do Saúde Caixa, a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e a PLR Social entraram na pauta da negociação de sexta-feira (28).

A Caixa acatou a reivindicação da CEE/Caixa e manteve a PLR e a PLR Social para @s empregad@s do banco. A proposta acompanha o que foi pactuado na mesa única da Fenaban. A Caixa informou ainda que a Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) limitou a PLR e PLR Social em no máximo três Remuneração Básica (RB) por empregad@.

A CEE/Caixa protestou em relação a restrição da Sest. “Entendemos que é um absurdo a SEST fazer essa limitação. Qual a lógica e necessidade disso? Prejudica especialmente @s empregad@s com remuneração menor. Mas após longo debate, pausa na mesa, contatos e novos debates avaliamos que considerando a conjuntura e a manutenção da PLR Social, e a contragosto da inclusão dessa trava no ACT, vamos defender a proposta”, explicou Fabiana.

A Comissão reconheceu o esforço da empresa em manter a PLR Social para os trabalhadores. “Essa é uma conquista d@s empregad@s da Caixa por todo o trabalho desenvolvido pelo banco na parte social. Enquanto existir desigualdade no País, banco como a CAIXA é mais que necessário. PLR Social é reconhecimento disso. Entretanto, considerando o momento de pandemia gostaríamos que a direção da empresa olhasse com mais preocupação os colegas que estão na rede. Eles estão extremamente estafados e necessitam que a Caixa tenha um cuidado maior”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa.

Reivindicações

Na madrugada de sábado (29), a Caixa entregou o documento da proposta global para @s empregad@s com as alterações propostas. Ficou acordado que caso não haja a concordância na redação das cláusulas, elas voltam ao original do ACT.

Outra cobrança da Comissão foi o fim da abertura aos sábados das agências. A Caixa informou que o pedido está em avalição e o objetivo é adequar as próximas portarias para que não haja a abertura. Até esse momento, a intenção é trabalhar alternadamente até excluir a portaria.

A Caixa voltou a sugerir que os Fóruns e Grupos de Trabalho sejam revistos e alguns GTs (Grupos de Trabalho) encerrados. A proposta foi recusada pela CEE.

Fonte: Contraf-CUT