Contraf-CUT cobra reunião com o Bradesco para discutir demissões na pandemia

29 de setembro 2020
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e a COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco cobram uma reunião com o banco para debater o comunicado enviado na segunda-feira (28/09) aos funcionários e funcionárias oferecendo um benefício para quem aceitar o desligamento.
O texto do documento informa que o banco irá conceder um benefício adicional no desligamento sem justa causa por conta da pandemia de coronavírus (Covid-19). “No texto parece que eles são muito bonzinhos. Mas, eles ignoraram o fato de terem lucrado mais de R$ 7 bilhões neste ano. E, ainda pior, desrespeita o compromisso firmado com o movimento sindical, em abril deste ano, de não desligar bancários durante a pandemia de Covid-19. Nosso compromisso é com a garantia de empregos de todos os bancários”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE.
Além das demissões serem sem justa causa, há casos de funcionários com histórico de adoecimento causado pelo trabalho no banco. “É uma total falta de sensibilidade e de responsabilidade social com os trabalhadores, que foram verdadeiros heróis com sua atuação em plena pandemia”, disse. “Esperamos que o banco nos atenda o quanto antes para discutirmos a suspensão dos desligamentos”, finalizou Magaly.
Segundo Valdecir Cenali, diretor do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE Bradesco, em reunião realizada nesta terça-feira (29), por videoconferência, esse assunto foi discutido e a intenção dos dirigentes sindicais é organizar protestos e uma campanha nacional contra as demissões no banco.
“Vamos mobilizar os funcionários a lutar pela manutenção dos empregos, como já está sendo feito no Santander e no Itaú. O objetivo é cobrar coerência do próprio presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, que havia declarado à imprensa não ter planos de redução de quadros na reestruturação, bem como o respeito do banco ao compromisso assumido com o movimento sindical de não demitir durante a pandemia”, relata Valdecir.
Fonte: Contraf-CUT