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COE se reúne para demandas das negociações permanentes

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30 de abril 2015

Os integrantes da COE Santander estiveram reunidos ontem (29/04), em São Paulo, para debater os pontos pendentes da CRT (Comissão de Relações Trabalhistas) e preparar a participação na Assembleia de Acionistas do banco, que ocorreu na tarde desta quinta-feira (30/04).

Acácio dos Santos, diretor do Sindicato de Londrina e representante do Paraná na direção da Afubesp (Associação dos Funcionários do Banespa/Santander), afirma que entre os assuntos pendentes está a eleição do Comitê Gestor dos Planos I, II e IV, que ocorrerão entre os dias 1º e 15/05.

“Outra demanda levantada na reunião foi relativa ao Santander Previ, que atualmente está sendo administrado através de liminar conseguida pelo banco, sem a participação dos associados, tornando a administração centralizada com poderes exclusivos dos indicados pelo Santander. Isto tem causado uma série de prejuízos ao plano, como, por exemplo, a escolha inadequada de investimentos, dentre outras”, aponta Acácio.

De acordo com informes dados por integrantes da COE, uma comissão de associados, que vem tentando retomar as reuniões com o banco, defende uma proposta de eleições nos moldes do Banesprev, porém o Santander condicionou esta proposta à retirada de todas as ações que estão na Justiça, inclusive as de caráter individual, o que não foi aceito pelos representantes dos trabalhadores.

“A Afubesp vai protocolar um ofício junto à Previc (órgão do Ministério da Previdência Social que regula os fundos de pensão), denunciando a falta de eleições democráticas no Santander Previ”, informa o diretor do Sindicato de Londrina.

Sanprev

Os integrantes da COE também discutiram questões relacionadas à Sanprev (fundo de pensão dos funcionários do Santander. Segundo informações de Jarbas de Biaggi, presidente do Banesprev, a Sanprev será migrada para o Banesprev até o final deste ano. “Atualmente também existe uma administração sem transparência neste fundo, o que é preciso resolver para acabar com a caixa preta que é a sua administração, da mesma forma como acontece com a Santander Previ”, defende Acácio dos Santos, acrescentando que este ano devem ocorrer eleições eleições e a formação do Comitê Gestor do Plano.

Programa Retorne Bem

Os dirigentes sindicais do Santander fizeram relatos a respeito do Programa Retorne Bem, principalmente em relação aos bancários de grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, dentre outros.

Diversas denúncias de irregularidades vêm sendo constatadas em todos os locais onde está implantado este programa. Tem desde clínicas credenciadas que ligam para o coordenador do PCMSO para saber se o trabalhador que está retornando de alta do INSS está apto ou inapto; pressões para que funcionários façam adesão ao Programa, no qual ele é obrigado a preencher o formulário e comparecer ao médico do Trabalho do Banco em três dias. “Isto não leva em conta previsão de exceção para os trabalhadores que, por exemplo, sofreram um AVC, quebraram as pernas, braços ou que se encontram em coma”, observa o representante do Paraná na COE Santander, afirmando que isso tem causado inúmeros transtornas aos trabalhadores.

Acácio relata ainda denúncias de ocorrência de perseguição de funcionários que retornam deste programa e são avaliados pelos gestores com nota 2, facilitando assim suas demissões.

Assédio moral

Na discussão sobre assédio moral, o diretor do Sindicato de Londrina denunciou à COE o caso de funcionários que procuram o canal interno do RH para denunciar assédio e estão sendo demitidos por isso. “Tivemos um caso assim com um funcionário da agência Select, em Londrina”, aponta. 

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR