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Santander lucra R$ 3,485 bilhões, 29% do resultado global

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30 de abril 2019

O Santander Brasil obteve lucro líquido de R$3,485 bilhões no primeiro trimestre de 2019, com alta de 21,9% em relação ao valor apurado no mesmo período do ano passado.

De acordo com análise do balanço feita pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), esse montante representa 29% do resultado global do grupo espanhol, que foi de € 1,840 bilhões (com alta de 10,4% no período). 

Nos três primeiros meses deste ano, segundo o balanço do banco, a receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 9,6% em 12 meses, totalizando R$ 4,5 bilhões. Em contrapartida, as despesas de pessoal mais PLR subiram apenas 0,4%, atingindo R$ 2,3 bilhões. Desta forma, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 195% no 1º trimestre de 2019.

A Carteira de Crédito Ampliada do Santander teve alta de 9,3% em todo o ano e atingiu R$ 386,9 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 20,1% e chegaram a R$ 136,6 bilhões, impulsionadas por cartão de crédito (25,4%), crédito consignado (25,2%) e crédito imobiliário (14,3%). 

Já a de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 51,4 bilhões, com crescimento de 17,9% em relação a março de 2018. Do total desta carteira, R$ 45,2 bilhões (87,4% da carteira) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física, que apresentou aumento de 18,1% no período. 

Corte de pessoal

Mesmo com esse excelente resultado, no primeiro trimestre de 2019, o Santander Brasil abriu apenas 220 postos de trabalho, menos da metade do número de postos fechados em 2018 (623). A holding encerrou 2018 com 48.232 empregados.

Para o secretário Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) na COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Santander, Mario Raia, o banco vem elevando gradativamente seu lucro no País, se consolidando como a filiar mais lucrativa do banco no mundo.

“Isso deveria ser revertido aos funcionários. Hoje um executivo de banco ganha 35 vezes mais do que um caixa. O Santander deveria distribuir melhor o seu lucro, com melhorias nos planos de saúde e previdência, reduzir a cobrança de tarifas e valorizar os trabalhadores que são os que realmente dão lucro para o banco”, cobra.

Fonte: Contraf-CUT