O “aniversário” de um mês do massacre do Centro Cívico, ocorrido no dia 29 de abril, em Curitiba, não passou em branco em Londrina. Professores universitários e das escolas estaduais, técnicos administrativos e estudantes participaram ontem (29/05) de manifestação no Calçadão, com cartazes, faixas, apitos e muita disposição para lutar.

Durante o ato também houve uma performance do massacre. O áudio relembrou o ataque feito pela Polícia Militar aos grevistas, com bombas e tiros, num cenário de campo de batalha.

Vestidos com roupas pretas, os manifestantes fizeram coro de “Fora Beto Richa” e reafirmaram a resistência contra a forma ditatorial que o governador vem tratando a greve dos servidores públicos estaduais.

Os protestos foram realizados ontem em todo o Paraná. O Ato Público em Curitiba reuniu cerca de 10 mil pessoas.

Calote nas perdas

A nova proposta do governo do Estado foi rejeitada pelas entidades que fazem parte do FES (Fórum das Entidades Sindicais). Beto Richa ofereceu reposição da inflação de 2014 com o pagamento de 3,45%, divididos em três parcelas, a serem pagas em setembro, outubro e novembro, e a mudança da data-base de junho para janeiro, a partir de 2016, quando seriam pagas as perdas de 2015.

Com isso, a greve dos servidores prossegue, paralisando as atividades das aulas nas escolas estaduais e universidades, além do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e de outros setores.

Conforme divulgou o jornal Gazeta do Povo, ao invés de tentar um acordo com as entidades, o governo do Paraná ingressou com ação no Tribunal de Justiça para bloquear a conta bancária da APP Sindicato, em forma de retaliar a representação dos grevistas.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR