Categoria fecha 6.572 agências em todo o país no primeiro dia da greve

30 de setembro 2014
A categoria bancária fechou pelo menos 6.572 agências e Centros Administrativos de bancos públicos e privados em 26 Estados e no Distrito Federal nesta terça-feira (30/09), no primeiro dia da greve nacional por tempo indeterminado. De acordo com análise da Contraf-CUT, são 427 unidades paralisadas a mais do que no primeiro dia da greve do ano passado, o que representa um crescimento de 6,95% a mais de adesão ao movimento de pressão contra os bancos.
Este balanço foi feito pela Contraf-CUT com base nos dados enviados até as 18h30 pelos 134 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 95% dos 511 mil bancários do país.
No Paraná, nove dos 10 Sindicatos filiados à Fetec-CUT mobilizaram nesta terça-feira (30/09) cerca de 15 mil bancários e bancárias, totalizando 60,88% da categoria no Estado e a paralisação de 397 agências e PABs (Postos de Atendimento Bancário).
"Mais uma vez os bancários dão uma grande demonstração de unidade nacional e a força de sua mobilização, fazendo uma greve ainda maior que no ano passado. É um recado inequívoco aos bancos de que queremos mais do que os 7,35% de reajuste e que não fecharemos acordo sem que nossas reivindicações econômicas e sociais sejam atendidas", adverte Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Maior rentabilidade do Sistema Financeiro Internacional
"Condições financeiras os bancos têm de sobra para atender às reivindicações dos bancários, uma vez que somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões no ano passado e R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre de 2014, alcançando a maior rentabilidade do Sistema Financeiro Internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários", acrescenta Cordeiro.
Para o presidente da Contraf-CUT, apesar dos lucros, "os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e mortes. Mas os banqueiros se recusam a buscar soluções para esses problemas".
Fonte: Contraf/CUT e Fetec-CUT/PR