CEE cobra explicação da Caixa sobre tabela do reajuste proposto pela Fenaban

30 de setembro 2015
A CEE (Comissão Executiva dos Empregados), que assessora a Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários, cobrou esclarecimentos da Caixa Econômica Federal sobre um e-mail enviado aos empregados com o detalhamento da proposta feita pela Fenaban na última sexta-feira (25/09), na quinta rodada de negociação da Campanha Nacional de 2015.
O questionamento da CEE foi enviado no dia 28 ao gerente nacional de Informações Corporativas e Negociações Coletivas (GEING), José Isaac Arantes Freitas, que já se manifestou.
Na última coluna da tabela contida no e-mail, constam índices de reajustes que dizem respeito aos 5,5% propostos pelos bancos, acrescidos de R$ 192,30 mensais. Esse valor refere-se aos R$ 2.500,00 de abono, também oferecido pela Fenaban, divididos em 13 parcela.
Caso fosse colocada em prática essa conta que a direção da Caixa está repassando aos empregados, a referência 201 do PCS, por exemplo, teriam aumento do vencimento de 14,23%, o que é equivocado.
Conforme a resposta do GEING, “o abono não possui caráter de incorporação salarial nos cargos efetivos e no Plano de Funções Gratificadas/Cargos em Comissão, bem como quaisquer reflexos em verbas e vantagens pessoais de qualquer natureza”.
Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa, avalia que faltou, no mínimo, clareza na mensagem encaminhada aos empregados para explicar os reflexos que a proposta realmente terá na remuneração. “Abono não é salário, não pode ser contabilizado como reajuste, e a empresa sabe disso. Recebemos vários questionamentos dos trabalhadores. Infelizmente, isso ocorre às vésperas das assembleias que devem decidir pela nossa greve a partir do dia 6 de outubro. Assim que a resposta chegou, cobramos que a GEING esclareça a categoria”, afirmou.
Clique aqui e veja o ofício enviado à Caixa.
Negociação com a Caixa
O Comando Nacional dos Bancários está aguardando o agendamento de uma nova negociação específica com a Caixa em relação à pauta específica de reivindicações dos empregados. Em resposta ao ofício enviado na quinta-feira (24/09), o banco informou que não seria possível realizar a reunião na sexta-feira, mas ficou de avaliar e propor uma nova data.
“Infelizmente, não houve avanço em nenhuma das quatro negociações com a empresa”, lembrou Fabiana.
Fonte: Fenae