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Funcionários cobram avanços em segurança, igualdade e isonomia

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31 de agosto 2015

Na terceira rodada de negociações com o Banco do Brasil, realizada hoje (31/08), em Brasília, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, que assessora o Comando Nacional dos Bancários, debateu as cláusulas da pauta de reivindicações específicas sobre segurança, igualdade de oportunidades e isonomia.

Nas cláusulas que tratam de segurança bancária, foram discutidos temas como adicionais de periculosidade e insalubridade e a proibição de obras durante o horário de trabalho.

O banco informou que está ampliando o número de agências com abertura remota do cofre e também está estudando um compromisso quanto a instalação de portas de segurança nas novas agências.

Os Sindicatos levantaram a preocupação com os trabalhadores lotados em locais considerados insalubres ou perigosos e que o banco não tem o mesmo reconhecimento. Foi cobrado novamente do BB, a volta dos vigilantes aos prédios, uma forma de dar mais segurança aos trabalhadores daqueles locais.

O banco aceitou discutir melhor o tema e os Sindicatos apresentarão um relatório com a designação de locais para uma análise mais aprofundada. Os representantes dos funcionários também cobraram melhorias no programa de vítimas de assalto e sequestro.

Igualdade de Oportunidades 

Nas questões sobre igualdade de oportunidades foram feitos debates sobre a não discriminação de representantes da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), delegados e dirigentes sindicais.

Isonomia 

O tema isonomia foi amplamente debatido nos pontos envolvendo a diferença de direitos e tratamento entre os funcionários pré e pós-98, bem como quanto aos funcionários oriundos de bancos incorporados.

Os representantes dos funcionários cobraram o direito a Licença-prêmio, anuênio e férias de 35 dias a todos os funcionários.

O banco informou que está proibido de avançar nesses temas pela Resolução nº 9 do DEST (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais). Os representes destacaram que esta questão é tema muito importante da pauta e que os bancários do BB esperam melhoria no tratamento diferenciado que existe hoje.

Pessoas com Deficiência

Foi cobrado do BB a melhoria de tratamento aos funcionários com deficiência, desde a simples nomenclatura, seguindo a convenção da ONU (Organização das Nações Unidas), até a ampliação das ausências para tratamento de filhos com deficiência e horas de abono para reparo ou aquisição de prótese e cadeira de rodas.

Também foi cobrado do BB uma orientação para que os locais de trabalho destinem vagas de estacionamento aos deficientes com carro adaptado ou que usem motorista.

O banco avalia fazer estudos aprofundados sobre este assunto com envolvimento de mais diretorias, pela complexidade do assunto.

Isenção de tarifas e anuidades

Os representantes dos trabalhadores cobraram a melhoria nas taxas de juros empréstimos, isenção de tarifas e anuidade de cartões para funcionários do BB, da ativa e aposentados. 

Foi cobrado do banco a revisão da taxa de juros do cheque especial, praticamente dobrada nos últimos dias, sem qualquer comunicado aos funcionários.

Os representantes dos funcionários argumentam que o BB disponibiliza para vários clientes taxas diferenciadas e mais atrativas que a dos funcionários.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a reunião teve amplo debate sobre os temas, mas sem sinalização de avanços: "O banco se esconde atrás do DEST para negar itens de isonomia, mas quando depende só dele não quer fazer compromissos. Esperamos que realmente as análises que o banco esteja fazendo sobre esses temas resultem em propostas de melhoria aos funcionários, ao longo da negociação", destaca.

Fonte: Contraf-CUT