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CUT mobiliza Classe Trabalhadora contra a retirada de direitos

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31 de outubro 2016

A Direção Executiva da CUT esteve reunida no dia 26/10, em Brasília, para avaliar a conjuntura e traçou as linhas de ação para o enfrentamento do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB), tendo em vista a realização no dia 11 de novembro do Dia Nacional de Greve.

No entendimento da Central, diante do novo cenário político e econômico que vem se constituindo no pós-golpe, foi reafirmada a importância de atualizar sua estratégia de ação para um longo e duro período de luta e de resistência por parte da Classe Trabalhadora.

Na avaliação da CUT,  para atingir seu objetivo de restauração neoliberal, as forças que apoiaram o golpe não se importam em colocar em risco a democracia brasileira e  desconstruir o Estado de Direito.  Seu  objetivo é destruir o projeto de desenvolvimento com inclusão social desenvolvido nos últimos 14 anos, substituir a  política externa deste período,  altiva e  ativa, por uma política subalterna aos interesses das empresas multinacionais e das potências centrais do sistema capitalista, defensoras, o plano internacional do ideário neoliberal.

Para a direção da CUT, o projeto das forças golpistas é conhecido por todos e tem os seguintes objetivos:

- a defesa do Estado mínimo e da política de austeridade para combater a crise econômica;

- a diminuição do investimento na proteção social para sobrar recursos destinados ao pagamento dos juros da dívida pública e enriquecer ainda mais os setores rentistas da sociedade, como proposto pela PEC 241;

- a retirada de direitos trabalhistas para aumentar o lucro das empresas;

- a privatização de empresas e serviços essenciais  e a entrega, a preços irrisórios,  de nossas riquezas, como está sendo feito com o Pré-Sal, à exploração de empresas estrangeiras;

- a criminalização dos movimentos sociais e  a brutal repressão aos participantes em atos de oposição e resistência às arbitrariedades do governo;

- a ação da Lava Jato, que prende suspeitos de crime com base em processos de delação ou em suposição  de que tenham cometido crime;

- a cumplicidade do poder judiciário com o processo de impeachment da presidenta Dilma e os recentes julgamentos do STF retirando direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. 

A CUT avalia que esses processos estão intimamente entrelaçados. Significam a inequívoca ruptura do Estado de Direito e a transição  em direção a um regime de exceção, acobertado pela imagem transmitida pela mídia de normalidade democrática e respeito às normas constitucionais.

Contra essa agenda regressiva, a CUT está convocando a Classe Trabalhadora, estudantes e a sociedade para saírem às ruas no dia 11 de novembro, o Dia Nacional de Greve com a palavra de ordem: NENHUM DIREITO A MENOS!

Ação no Congresso Nacional

Em outra frente de lutas, a CUT está organizando movimentos de pressão contra os parlamentares contra a aprovação da PEC 55/2016, que é a versão da PEC 241 aprovada na Câmara dos Deputados e que está tramitando agora no Senado.

Paralelamente, a CUT orienta a Classe Trabalhadora e as entidades filiadas e enviarem mensagens aos senadores de seus Estados, defendendo a rejeição da Proposta de Emenda Constitucional que congela por 20 anos os gastos públicos.

Defesa da Educação

A CUT Nacional também deliberou apoio aos professores, servidores e estudantes que estão mobilizados em todo o país contra a PEC 241 e à MP (Medida Provisória) 746, que impõe a reforma do ensino médio.

Segundo informou a Central, são 1.016 escolas ocupadas; 51 Universidades e 82 Institutos Federais em 20 Estados.

Fonte: CUT Nacional