A COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Itaú discutiu o impacto sobre o emprego com a criação das agências digitais e os encaminhamentos para os debates com o banco sobre a PCR (Participação Complementar nos Resultados), em reunião realizada ontem (17/09), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

Estiveram presentes representantes das Federações e Sindicatos. A diretora do Sindicato de Londrina, Kelly Menegon, participou da reunião.

Foram feitos relatos a respeito das agências digitais em várias regiões do País e ficou evidente que no Sudeste o processo tem significado impacto sobre o emprego e também sobre a remuneração.

“Isso ocorre porque assim que as agências são criadas as melhores contas migram para elas, tornando mais difícil com isso o cumprimento das metas nas agências tradicionais. Estas também acabam tendo reduzida a demanda de clientes, colocando em risco os empregos”, explica Kelly.

Os integrantes da COE afirmaram que o temor pelo desemprego hoje é muito grande no Itaú, depois que Marco Bonomi, diretor responsável pela área de Varejo, afirmou a acionistas que daqui a 10 anos o Itaú Unibanco pode ter apenas metade do número de agências que tem hoje e, nos próximos três anos, o corte atingirá 15% do quadro. Isso significaria a redução de 30 mil empregos.

Veja aqui matéria publicada no site Brasil 247.

Para combater esse processo de fechamento de postos de trabalho no Itaú foi definida a realização de atividades em todo o Brasil em defesa do emprego e a elaboração e distribuição de um jornal sobre esta questão.

PCR e Bolsa de Estudo

Na reunião também foi definida a necessidade de discutir com o banco o pagamento de um valor do PCR condizente com os altos lucros que o Itaú vem obtendo, rentabilidade de 23,5% em 2014.

Os dirigentes reivindicarão reajuste condizente com este resultado no valor das 5.500 bolsas de estudo dos funcionários, como forma de valorizar a dedicação daqueles que são responsáveis pelos excelentes resultados.

Fonte: Contraf-CUT