O Comando Estadual de Greve, em reunião realizada ontem (26/02), em Curitiba, com a direção da APP Sindicato, decidiu agendar para o dia 4 de março, a realização de Assembleia para discutir as propostas apresentadas pelo governo Beto Richa (PSDB) e definir a continuidade ou não do movimento. Com isto, não procede o anúncio feito pelo governo do Estado, de que as aulas nas 2.100 escolas do Paraná será iniciadas na segunda-feira (2/03).

De acordo com o presidente da APP-Sindicato, Hermes Silva Leão, o fortalecimento da luta deve continuar até que a categoria decida encerrar esta mobilização, iniciada há 19 dias.

“Até lá a greve continua. Estamos pedindo para que todos permaneçam firmes no movimento porque consideramos que são insuficientes as respostas que o governo apresentou até agora da nossa pauta de reivindicações”.

Segundo Hermes, as escolas ainda não têm condições de receber os alunos. “Também ouvimos vários diretores que apresentaram a incapacidade das escolas de receber os alunos nesse momento”, destaca.

Golpe na previdência

Um dos motivos que os professores e demais servidores estaduais do Paraná têm para manter a greve é a ameaça de perder a poupança de R$ 8 bilhões, que a ParanaPrevidência tem. A intenção do governador Beto Richa com o “pacote de maldades” era se apropriar desse recurso, mas com a greve ele recuou e retirou o projeto de lei que havia enviado à Assembleia Legislativa solicitando autorização para fazer isso.

Como este assunto não foi tratado nas negociações, o temor dos servidores é de que o governador volte à carga e tome posse desse dinheiro, necessário para pagar a dívida bilionária que acumulou na sua primeira gestão.

Em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo, Beto Richa disse “não falei que não ia mexer na previdência”, dando a entender que as aposentadorias do funcionalismo estadual ainda está em risco.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR